Pinheiro

Líderes de rebelião serão transferidos para presídio federal

Anúncio foi feito pelo secretário Aluisio Mendes, que acompanha a transferência dos presos.

Pedro Sobrinho - Imirante

Atualizada em 27/03/2022 às 12h42

SÃO LUÍS - Trinta e nove presos estão sendo transferidos, nesta sexta-feira (11), da delegacia Regional de Pinheiro para o município de Paço do Lumiar, além de dois da delegacia de São Bento.

A transferência está sendo acompanhada pelo secretário de Estado de Segurança, Aluisio Mendes, e pelo Superintendente de Polícia Civil do Interior, Jair de Paiva Lima, além da delegada, Laura Amélia Barbosa, titular da delegacia Regional de Pinheiro.

Aluisio Mendes disse que os trinta e nove presos ficarão recolhidos, provisoriamente, no presídio de Paço do Lumiar onde funcionava a prisão feminina. até a conclusão da reforma na delegacia Regional de Pinheiro, prevista para 30 dias. Segundo o secretário, eles voltarão à delegacia de Pinheiro e ficarão até a construção de um presídio naquele município, anunciado pelo governo do Estado e pela União.

José Ramiro Moreira, 18 anos, um dos líderes da rebelião em Pinheiro, será transferido para um presídio federal, assim como os outros dois idealizadores do motim. "Essa é uma política implantada desde o início da rebelião em Pedrinhas. É uma política minha, uma política de estado. Qualquer líder de rebelião com caráter violento será imediatamente transferido para um presídio federal. Isso, inclusive, foi reafirmado pelo ministro da Justiça. Nós celebramos essa parceria no ano passado e vamos continuar com essa política. Nós temos identificados três responsáveis pela rebelião", explicou.

Das cinquenta vagas disponibilizadas para o Maranhão desde 2010, trinta já foram utilizadas. No fim do ano passado, trinta detentos foram transferidos pela SSP. Ainda estão direcionadas ao Maranhão vinte vagas. Provavelmente, eles serão levados para o presídio federal de Mossoró (RN).

Indagado sobre o presídio em Pinheiro, Aluisio Mendes disse que o prazo para o início das obras será o mês de março. Disse, ainda, que o prazo para a conclusão do presídio é de 120 dias.

Catorze presos, que estavam na delegacia Regional de Pinheiro, foram transferidos na tarde desta terça-feira (8). Eles foram levados para delegacias nas suas cidades de origem. As transferências fazem parte do acordo entre os presos e a Secretaria de Estado de Segurança Pública, que fizeram 15 horas de rebelião da noite de segunda-feira (7) às 13h de terça-feira.

A delegada Laura Amélia Barbosa elogiou o trabalho da Secretaria de Estado de Segurança ao solucionar a rebelião e no que diz respeito o processo de transferência de presos. Ela defendeu uma reforma ampla e segura para a delegacia Regional de Pinheiro.

Sobre a construção do presídio em Pinheiro, a delegada considera importante, pois essa regional é a maior do Maranhão em número de municípios, além de desafogar a delegacia Regional de Pinheiro. Segundo ela, a delegacia tem que servir como passagem de presos e não funcione como Penitenciária.

Reivindicação e Barbárie

Os noventa e sete detentos que estavam na carceragem da delegacia reclamavam, principalmente, da superlotação. Na noite de ontem, eles tentaram fugir, mas a ação foi frustrada pela polícia, dando início à rebelião, por volta das 22h de segunda-feira, (7) até às 13h de terça-feira, (8).

Durante o motim, seis presos foram mortos, sendo quatro decapitados. Entre eles está o pescador José Agostinho Bispo Pereira, preso, em junho de 2010, por abusar da filha, de ter com ela oito filhos, abusar de uma filha-neta e, ainda, mantê-las em cárcere privado, em um povoado isolado do município de Pinheiro. O caso dele ficou conhecido internacionalmente, e ele passou a ser chamando de "O Monstro de Pinheiro".

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