IMPERATRIZ – Em Nota de Esclarecimento, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Subseção de Imperatriz, lamentou a confusão entre jornalistas, cinegrafistas e advogados durante a apresentação de onze presos suspeitos de integrarem uma quadrilha interestadual de roubo de cargas na última sexta-feira (28), em Imperatriz.

Durante a apresentação, houve uma grande confusão em que advogados tentaram impedir que equipes de TVs filmassem a ação policial. Alguns advogados coloram a mão na frente das câmeras, empurraram e muito bate-boca. O Sindicato dos Jornalistas repudiou a ação.

Na nota, a OAB afirma que o presidente da Subseção de Imperatriz, Malaquias Neves, estava no local “para representar a Comissão de Defesa de Prerrogativas dos Advogados, acionado por violação de direitos e prerrogativas dos profissionais, devido a negativa ao acesso dos presos antes da transferência para São Luís”, diz a nota.

Segundo a nota, o desentendimento teve início quando os presos foram levados para a sala de apresentação, e os advogados constituídos insistiram que fossem preservados o direito à imagem aos clientes, o que teria resultado no tumulto.

“Por outro lado, as ações lamentáveis de agressão verbal e outros supostos excessos ocorridos, não correspondem aos valores defendidos pela instituição, que entende a importância dos profissionais da comunicação social e da liberdade de imprensa”, afirma a nota.

A nota encerra-se ressaltando que “a Ordem dos Advogados do Brasil tomará todas as medidas cabíveis, com o propósito de resguardar a imagem da instituição, notadamente quanto ao lamentável episódio”.

Veja a nota na íntegra:

NOTA DE ESCLARECIMENTO

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Subseção de Imperatriz vem, por meio desta, apresentar esclarecimentos sobre os fatos ocorridos na tarde da última sexta-feira, 27 de novembro/2015, na Delegacia Regional de Imperatriz, quando houve desentendimento entre profissionais da classe, imprensa e policiais que faziam a apresentação de suspeitos presos durante uma investigação.

O Presidente da Subseção, Malaquias Pereira Neves, estava no local para representar a Comissão de Defesa de Prerrogativas dos Advogados, acionado por violação de direitos e prerrogativas dos profissionais, devido a negativa ao acesso dos presos antes da transferência para a Capital do Estado. Não bastasse a violação das prerrogativas, a Polícia Civil franqueou à imprensa que filmasse por período que corresponderia ao das oitivas dos acusados.

Contudo, conforme o apurado, o desentendimento teve início, exatamente, quando os acusados foram levados para sala de apresentação e os advogados constituídos insistiram que fossem preservado o direito à imagem de seus clientes, direito este garantido pela Constituição Federal.

Desta feita, um só profissional da imprensa, de um determinado veículo de comunicação local, com os ânimos alterados, reagiu de maneira mais inflamada, resultando em todo o tumulto.

Por outro lado, as ações lamentáveis de agressão verbal e outros supostos excessos ocorridos, não correspondem aos valores defendidos pela instituição, que entende a importância dos profissionais da comunicação social e da liberdade de imprensa.

Ressalta-se que a instituição, também, repudia a postura de alguns profissionais da imprensa imperatrizense, que, logo após o episódio, aproveitaram-se da situação para tentar desconstituir a imagem da OAB, e dos advogados que trabalhavam na defesa de seus constituintes, denegrindo também a imagem da própria classe jornalística, ao proferir palavras de baixo calão contra membros da instituição.

É de suma importância lembrar, que a OAB é, e sempre foi, uma instituição parceira da sociedade na defesa do Estado Democrático de Direito, desempenhando seu papel histórico de defensora das garantias Individuais e Coletivas asseguradas na Constituição Federal.

Por derradeiro, a Ordem dos Advogados do Brasil ressalta que tomará todas as medidas cabíveis, com o propósito de resguardar a imagem da instituição, notadamente quanto ao lamentável episódio.

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