Comida Típica

Panelada: o sabor nosso de cada dia

O prato é considerado comida típica da cidade.

Laís Ferreira/imiranteImperatriz

Atualizada em 27/03/2022 às 11h52
(Laís Ferreira/Imirante Imperatriz)

IMPERATRIZ – A panelada é um prato bem tradicional na cidade de Imperatriz, saboreado diariamente pelos imperatrizenses, em que, se tem um modo peculiar de comer a refeição – de costas para a rua.

As conhecidas “paneleiras”, também, vivem um impasse no seu local de trabalho, pois, estão sendo retiradas e afirmam não ter outro ponto para colocar seus carrinhos.

Todos os Estados brasileiros têm um prato que é referência. Quando pensamos no acarajé, logo ligamos ao Estado da Bahia; o churrasco ao Rio Grande do Sul; o pão de queijo a M­inas Gerais e o açaí ao Pará. A culinária imperatrizense ,também, segue a regra. Dentre seus diversificados pratos, a panelada é o destaque.

A panelada é prato que tem duas versões sobre sua origem, alguns historiadores afirmam que é uma comida portuguesa, porém, a versão mais conhecida é a de ser um prato nordestino, e que foi naturalizado para a cultura imperatrizense, tornando-se a cara da cidade.

Feita das tripas, do estômago e dos pés do boi, o prato acompanha arroz, farinha, pimenta e limão.

Impasse

Desde agosto de 2013 há um impasse entre as “paneleiras” do setor “Quatro Bocas”, a prefeitura e o proprietário do terreno situado na Avenida Bernardo Sayão, onde os carrinhos ficam estacionados.

O dono do imóvel quer a saída dos carrinhos ou bancas de panelada da frente do terreno dele, as mulheres alegam que não têm para onde ir e a prefeitura prometeu resolver a situação com a locação de um terreno, mas não vem cumprindo a promessa.

Maria da Conceição, que trabalha há 20 anos no local vendendo panelada, conta que sustentou os cinco filhos com a renda obtida no seu trabalho. E relata sobre a atual situação no setor das “Quatro Bocas”.

’’Por enquanto eles (o dono do terreno e a prefeitura) tiraram as meninas ali da frente do terreno da esquina, que está sendo construído, mas, a previsão é nós sair, também, porque aqui é um terreno e a qualquer hora o daqui, também, vai construir e não tenho um lugar pra ir’’, afirma a paneleira.

Segundo Cícera Lopes, que trabalha há 21 anos e, também, sustenta a família, com a venda da iguaria, a retirada das “paneleiras” vai perder um pouco a essência do prato. Ela lamenta que se for retirada do local, não terá outro ponto para ir.

O secretário da Secretaria de Planejamento Urbano e Meio Ambiente (Sepluma), Richard Sebba Caldas, explica que a situação não é de competência dele, pois, o problema é privado, mas, o município está ajudando. Além de que está sendo analisado um local para encaminhar as paneleiras.

Richard Sebba, também, afirma que o secretário de agricultura José Fernandes tomou a frente das negociações sobre o impasse criado para a retirada dos carrinhos de panelada.

Durante a produção da reportagem o Portal Imirante Imperatriz entrou em contato por telefone com o secretário de Agricultura José Fernandes para falar sobre o caso, mas, não foi atendido.

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