Justiça

Operação Mercenários: MP deve recorrer da decisão da Justiça

Foram revogadas as prisões de seis acusados de pistolagem e formação de quadrilha.

Tátyna Viana / Imirante Imperatriz

Atualizada em 27/03/2022 às 11h58

IMPERATRIZ – A revogação da prisão de seis acusados de envolvimento em crimes de pistolagem e formação de quadrilha, nessa segunda-feira (20), investigados na Operação Mercenários, também causou estranheza ao Ministério Público. O diretor das promotorias, Joaquim Júnior, que acompanhou as investigações, disse que o MP deve recorrer da decisão do juiz Adolfo Pires da Fonseca, que alegou não existirem provas suficientes para a permanência dos acusados sob custódia.

“Nós, do MP, ficamos surpresos com essa decisão porque, há poucos dias, a juíza Ana Paula, quando respondia pelo plantão, prorrogou as prisões por entender que existiam provas e pela necessidade de manter os acusados presos”, relatou o diretor.

Francisco de Assis (Tita), Francisco Ferreira (Chico Papada) e o policial militar do Estado do Pará, Hiltevan Cardoso Machado (Tevan), estavam presos em Imperatriz. O sargento da Polícia Militar do Maranhão, Carlos Henrique Azevedo Sales e o policial militar Luís Cláudio Azevedo, em São Luís. O policial militar paraense, João Bosco Moura (Pedrosa), foi preso no Pará.

A Operação foi deflagrada em outubro do ano passado e em seguida aconteceu a sequência de prisões. Alguns dos acusados se entregaram à polícia. Todos foram soltos. Apenas o “chefe” da quadrilha, segundo o Ministério Público, o empresário de Imperatriz, Arnold Pereira, não foi preso.

“O MP vai analisar os fundamentos da concessão da liberdade e, se discordar, pode recorrer da decisão”, enfatizou Joaquim Júnior.

Os crimes

A maneira como os executores chegavam, sempre em dupla e de moto, com disparos à queima roupa, foi determinante para a identificação dos policiais envolvidos no esquema. As investigações apontam que eles eram contratados para fazer a execução. Arnold Pereira, agia como o “dono da agência executora” dos crimes, que recebia as “encomendas”. Chico Papada seria um dos clientes, que “encomendou” uma morte, e João Bosco, o Pedrosa, tinha influência política e dava cobertura a Arnold, apontam as investigações.

O grupo é suspeito de ter praticado mais de 10 crimes de pistolagem em Imperatriz, Açailândia, Itinga e Dom Eliseu (PA). Eles também são investigados em outros inquéritos que apuram participações em jogo do bicho, rinha e tráfico de armas.

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