IMPERATRIZ – Devotos fazem, nesta segunda-feira (6), homenagens aos três reis magos. Segundo a Bíblia, Belchior, Gaspar e Baltazar foram as primeiras pessoas a saudarem o nascimento de Jesus após seguirem o rastro de uma estrela.
A tradição dos “Reisados”, que mistura fé e religiosidade popular, é de origem portuguesa e chegou ao Brasil no início no século XIX.
Em Imperatriz a “Festa dos Santos Reis”, como é mais conhecida, é realizada anualmente no período de 26 de dezembro a 6 de janeiro pelo funcionário público aposentado Delfino Alves, no bairro Bacuri.
Desde o último dia 26, o organizador vem reunindo a família e vizinhos em casa onde realiza orações, rezas, cantoria e, em seguida, dá início a uma peregrinação por casas vizinhas, previamente agendadas.
O ponto alto das homenagens está previsto para a noite desta segunda-feira, no encerramento da programação quando, além das orações, os devotos fazem uma confraternização.
A festa organizada por Delfino Alves é a única em Imperatriz e a segunda no Estado, que historicamente se tem conhecimento, existente no Estado. As homenagens aos “Reisados” atraíram muita gente há mais de vinte anos, ao contrário da situação atual.
Preocupada com a possibilidade de desaparecimento dessa festa, a professora Francisca Leal, uma da filhas de Delfino, está registrando a festa este ano e fez contatos com representantes do Instituto do Patrimônio Histórico e Cultural(IPHAN), do Maranhão, que segundo ela, demonstraram interesse em conhecer a festa.
“Os reis magos representara diante de Jesus todas as pessoas, todas as criaturas da terra, uma vez que cada um veio de um destino, região diferente, basicamente um da Europa, outro da África e outro da Ásia”, disse o historiador José Nilson Oliveira.
De acordo com a Bíblia, Belchior ou Melchior era branco, tinha em torno de 60 anos, veio da Europa e sua oferta a Jesus foi ouro, simbolizando sua realeza; Gaspar, que era asiático, tinha 40 anos, era da Índia e levou incenso representando a fé, como a oração que sobe aos céus e Baltazar era negro, tinha 20 anos, saiu da África e presenteou Jesus com a mirra, simbolizando os sofrimentos que Jesus passaria na terra.
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