Revezamento do Tocha

Filha de atleta olímpico conduzirá a tocha em São Luís

E você nem imagina qual esporte o pai dela faz. Clique e descubra.

Paulo de Tarso Jr./Imirante Esporte

Atualizada em 27/03/2022 às 11h32

SÃO LUÍS – Paz, união e amizade. Estes são os verdadeiros significados da chama olímpica. Acesa na Grécia, o importante símbolo das Olimpíadas está “conhecendo” o Brasil de Norte a Sul. E, nesta longa viagem pelo país, neste domingo (12), é a vez de São Luís fazer parte da história. A história não é feita apenas com medalhas de ouro, prata ou bronze. Ela não é atrelada a apenas com o que irá ocorrer no Rio de Janeiro no mês de agosto. Na verdade, ela necessita de mais ingredientes, mais emoções, mais humanidade. E, acredite: a passagem da chama olímpica por São Luís irá, sim, revelar personagens que você talvez não esperasse descobrir.

Revezamento da tocha em São Luís ocorre neste domingo (12). (Foto: Roberto Castro/ ME)
Revezamento da tocha em São Luís ocorre neste domingo (12). (Foto: Roberto Castro/ ME)

E, uma dessas boas histórias, é a de Emily Gonçalves Silva. Ela não é maranhense e não mora mais em São Luís. Com 16 anos e jogando vôlei, ainda não realizou o sonho de ser uma atleta profissional. Porém, ela foi uma das 140 pessoas que terão a missão de conduzir a chama olímpica pelas ruas da capital. Emily vai contribuir com o revezamento da Tocha Rio 2016 após sua história ter sido selecionada por um dos patrocinadores do evento.

“É uma honra porque é a tocha. Eu me sinto muito honrada porque quando que haverá outra Olimpíada em nosso país? Talvez nem estejamos vivos. Fico muito feliz e agradecida a Deus por me dar essa oportunidade maravilhosa. O esporte é algo que me desafia, pelo qual sou apaixonada. Não sei explicar a sensação”, disse a jovem.

Emily Silva conduzirá a tocha olímpica em São Luís. (Foto: Arquivo Pessoal)
Emily Silva conduzirá a tocha olímpica em São Luís. (Foto: Arquivo Pessoal)

No entanto, o Imirante Esporte descobriu que a garota tem mais a ver com Olimpíada do que se possa imaginar. Emily é filha de um atleta olímpico. E uma coisa é certa: você não faz ideia qual esporte o pai dela pratica. Algumas dicas sobre a modalidade: é de velocidade, é disputada em equipe e é impossível ser praticada no Maranhão. Se você respondeu bobsled (aquele esporte do filme Jamaica Abaixo de Zero, lembra?), parabéns, você acertou. Talvez você não conheça Fábio Silva, mas o pai de Emily integrou a equipe brasileira que disputou a Olimpíada de Inverno de 2014 em Sochi, na Rússia.

Fábio Silva participou da Olimpíada de Inverno em 2014. (Foto: Arquivo Pessoal)
Fábio Silva participou da Olimpíada de Inverno em 2014. (Foto: Arquivo Pessoal)

Fábio começou no atletismo e chegou a bater o recorde do revezamento 4x100m rasos ao lado de André da Silva, Claudinei Quirino e Edson Ribeiro, em 2003. No entanto, anos depois foi treinar bobsled no Canadá. E o exemplo paterno é um incentivo muito grande para Emily querer também se tornar atleta olímpica no futuro.

“Eu amo muito o esporte. Eu cresci vendo o meu pai treinar. Meu sonho é ser jogadora profissional. Meu pai mora no Canadá, mas sempre foi presente. Ele compete em alguns eventos do bobsled. Na última competição, ele se saiu super bem e fez um tempo incrível. Muitas pessoas elogiaram ele porque ele se supera toda vez que entra em pista. Tenho orgulho enorme. Isso também é algo que me influencia quando treino. Quero sempre melhorar, sempre superar. Ele é minha inspiração”, revelou Emily.

Pai e filha são apaixonados por esporte. (Fotos: Arquivo Pessoal)
Pai e filha são apaixonados por esporte. (Fotos: Arquivo Pessoal)

E o orgulho da filha também se reflete no pai. Ao saber que Emily iria conduzir a tocha olímpica, Fábio Silva tratou logo de contar a novidade para “todo mundo”. “Essa foi engraçada. Ele ficou muito orgulhoso e até chorou. Quando ele veio ao Brasil para me ver, toda pessoa que nós conversávamos, ele falava que eu havia sido selecionada. Mas eram todas as pessoas mesmo (risos)”, conta a menina de 16 anos.

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