SÃO LUÍS – Impasse total. Após a invasão do terreno do Sampaio Corrêa na região da Vila Luizão, nada de reintegração de posse. A Polícia Militar garante não ter recebido nenhum documento oficial para retirar os invasores do local onde funciona o centro de treinamento do Sampaio Corrêa. Em contrapartida, o presidente do clube, Sérgio Frota, afirma que existe uma liminar para retirar os invasores da área. Enquanto isso, o time profissional treina em outros locais por causa do clima de insegurança.
Em entrevista à Rádio Mirante AM, o comandante geral da PM, coronel Marcos Antônio Alves, disse que a Polícia Militar só irá atuar para no caso quando assim a Justiça determinar. Vale lembrar que no último dia 13 de agosto, um jovem foi morto por um cabo da PM durante reintegração de posse do terreno.
Mas se antes a polícia agiu, por que agora não pode? De acordo com o coronel Alves, naquela ocasião a área que estava em disputa seria uma “área conjugada ao fundo da sede social do Sampaio.
“Nós fazemos o que é determinado pela Justiça. Estamos trabalhando com este parâmetro. Todas as ações da Polícia Militar, no que diz respeito à retirada de pessoas, de grupos de determinados locais, elas demandam de uma ordem da Justiça. É isso que fazemos. Não temos [comunicado oficial]. Estamos trabalhando. O objetivo nosso é fazer o patrulhamento em torno e fazer a retirada quando assim for determinada pela Justiça e dentro de um padrão técnico que atenda, de fato, a realidade da segurança e os preceitos das boas práticas para não causar problemas, para não alcançar nada daquilo que possa trazer prejuízo para a corporação”, disse o comandante geral da PM.
Outro lado
No entanto, o presidente do Sampaio Corrêa diverge do coronel Alves. Segundo Sérgio Frota, não existe esta “área conjugada”. De acordo com o mandatário do clube, toda a área pertence ao Sampaio Corrêa. Frota revelou, ainda, ter entrado na Justiça para que haja a reintegração de posse. O detalhe: a liminar favorável ao Sampaio teria sido levada à Polícia Militar.
“Eu acho que ele [coronel Alves] está com informação errada. Não tem área adjunta. A área toda é do Sampaio. Tenho certeza de que muita gente está triste com este fato. É lamentável. O que me cabia legalmente era recorrer a Justiça. Foi concedida a liminar. A liminar foi levada sim na Polícia Militar. Entrei em contato com o secretário [de Segurança Pública] Jefferson Portela. Foi feita a desocupação. Houve um acidente e lamento porque foi uma vida humana. Só acho que os Direitos Humanos só existem muito para quem comete o crime”, disse Frota.
O dirigente tricolor revelou, ainda, ter sido impedido, na semana passada, de entrar na sede do Sampaio Corrêa. “Ali não é uma ocupação de terra. Ali é uma invasão. A terra tem sim uma função social. O Sampaio não murou por falta de recursos. Eu fui impedido de entrar essa semana no Sampaio. Como é que a sede está intacta? Não está intacta coisa nenhuma. O Sampaio tem direito à propriedade. Não posso ser irresponsável de deixar invadir o Sampaio e eu ficar calado. O Sampaio não pode utilizar a academia, o departamento médico, departamento de fisiologia, os doze apartamentos que nós temos. Aquela área toda é do Sampaio”, concluiu o presidente do clube.
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