Pacaembu

São Paulo vence o Palmeiras e quebra tabu de 13 anos

Lucas foi o protagonista da vitória são-paulina por 2 a 0.

G1

Atualizada em 27/03/2022 às 12h48

SÃO PAULO - O jogo corria chato e insosso até ele resolver aparecer. Com o novo-velho nome, ele brilhou sozinho na tarde deste domingo, no Pacaembu. E deu seu cartão de visitas com um gol e um passe para outro: "muito prazer, Lucas"! O meia de 18 anos, que até a última semana era chamado de Marcelinho, em referência ao ídolo corintiano, com quem deu os primeiros passos no futebol, foi o protagonista da vitória são-paulina por 2 a 0 sobre o Palmeiras.

O resultado do Choque-Rei fez com que o São Paulo subisse para a oitava posição, com 31 pontos. Já o Palmeiras segue agonizando na zona intermediária da tabela, com 29 pontos, na 12ª colocação. Lucas, dono do jogo e do instante de brilho que o clássico teve, deixou o gramado aplaudido pela pequena torcida tricolor, enquanto a rival deixava o estádio antes de a partida terminar.

Na próxima rodada, o São Paulo recebe o Guarani no Morumbi, às 19h30 desta quarta-feira. No mesmo dia e horário, o Palmeiras visita o Grêmio Prudente, em Presidente Prudente.

Jogo fraco, lesões e Felipão expulso

Sob os olhares atentos de Mano Menezes, técnico da Seleção Brasileira, Palmeiras e São Paulo protagonizaram um jogo truncado no meio-campo, com muita marcação e raríssimos momentos de emoção. Sem poder contar com Edinho e Kleber, suspensos, Luiz Felipe Scolari optou por dar uma chance a Valdivia no time titular e colocou Tadeu na frente, com Ewerthon.

Já o são-paulino Sérgio Baresi escalou o time no 3-5-2 – Rodrigo Souto ajudava a formar o trio defensivo – e apostou em Lucas jogando mais próximo de Fernandão. Ilsinho era a alternativa pelo lado direito, que tentava aproveitar a sua velocidade para se dar bem em cima do improvisado lateral-esquerdo Fabrício. Mas Palmeiras e São Paulo, além de não terem mexido no placar no primeiro tempo, sofreram baixas importantes.

O primeiro a sair foi Ilsinho, machucado, aos 20 minutos de jogo – Zé Vitor, atleta revelado pelo base tricolor, entrou em seu lugar. Depois foi a vez do Palmeiras perder seu comandante por reclamação. Enquanto Felipão tentava questionar a sua expulsão com o árbitro José Henrique de Carvalho, Richarlyson irritava a torcida com uma brincadeira – ele equilibrava a bola na cabeça, na lateral de campo, provocando a ira dos palmeirenses.

Sem Scolari, que assistiu ao jogo das cadeiras do Pacaembu, Flavio Murtosa assumiu o comando do time. E logo teve de mudar Ewerthon, que sentiu dores no tornozelo direito, por Tinga. Com a bola rolando, uma chance para cada lado, mas nada que deixasse os torcedores muito entusiasmados.

Aos 16, Jean chutou cruzado, mas a bola foi para fora. Aos palmeirenses, no minuto 24, Tadeu recebeu lançamento de Marcos Assunção e disparou contra o gol de Rogério Ceni. Também nada preocupante para o arqueiro tricolor. O 0 a 0 tornava a fria e nublada tarde de domingo no Pacaembu ainda mais desanimada.

Prazer, Lucas!

Embora o Palmeiras tenha tomado mais a iniciativa da partida na segunda etapa, o jogo seguia insosso. Apesar de ter o domínio da bola, o time palestrino não conseguia assustar o goleiro Rogério Ceni. Já o São Paulo resolveu apostar nos contragolpes. E em um contra-ataque de apenas quatro toques, o Tricolor acabou abrindo o marcador, aos nove minutos.

Rogério Ceni lançou e viu Fernandão e Jorge Wagner tocarem de cabeça até a bola alcançar Lucas, que entre dois defensores conseguiu vencer a disputa e acertar o canto direito de Deola. Foi o cartão de visita do atleta de 18 anos, que até o meio da última semana era chamado de Marcelinho – em referência ao fato de ter dado os primeiros passos no futebol em uma escolhinha do Marcelinho Carioca, ídolo do Corinthians.

O gol fez com que Felipão, das cadeiras, mexesse na equipe. Para ter maior mobilidade no ataque, o treinador colocou Luan para atuar ao lado de Tadeu. Enquanto isso, Lucas seguia infernizando o sistema defensivo palmeirense. Com toques rápidos, ele fez fila e quase fez um belíssimo gol, depois de um chapéu em Marcos Assunção, aos 25 minutos. Acabou escorregando depois, o que prejudicou seu chute para o gol.

Mas Lucas seguiu tentando contra a zaga são-paulina. E deu certo. E uma arrancada aos 31 minutos, ele fez linda jogada pela direita e cruzou para Fernandão marcar 2 a 0 para o Tricolor . O gol foi do veterano atacante, mas o brilho no Pacaembu era do ex-Marcelinho.

O camisa 37, dono da tarde deste domingo no Choque-Rei, deixou o gramado perto dos 40 minutos, aplaudido apenas por uma pequena parte do estádio. A outra, que vestia verde, deixava a sua casa, atormentada com mais uma derrota.

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