RIO DE JANEIRO – Acostumado a batalhas dentro de campo, o Sampaio Corrêa teve que encarar um duelo diferente nesta quarta-feira (15): por causa dos incidentes ocorridos na partida contra o Vasco da Gama, no último dia 23 de setembro, a Bolívia Querida foi julgada pela 3ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Após a partida contra o time carioca, o árbitro Gilberto Castro Júnior relatou, na súmula, a agressão do atacante Edgar a um dos auxiliares, a invasão de campo do técnico Lisca, o arremesso de uma laranja em direção ao trio de arbitragem e a utilização de um equipamento de comunicação, por parte do goleiro reserva Marcelo Pitol e do preparador físico Marcelo Rholing.
A primeira pauta a ser julgada foi a infração ao artigo 213, que fala sobre o “lançamento de objetos no campo ou local da disputa do evento desportivo”. Por causa da laranja arremessada por um torcedor, a maioria dos auditores decidiu que o Sampaio pagará uma multa de R$ 2.000, sem perda de mando de campo. O auditor Francisco Pessanha foi o único que votou pela absolvição do time maranhense.
Depois disso, foi a vez do atacante Edgar ser julgado pelo Tribunal. O atleta, que agrediu o assistente Clóvis Amaral da Silva, logo após a confirmação do segundo gol do Vasco, pegou uma suspensão de dois jogos, por maioria dos votos. O auditor Gustavo Teixeira pediu a suspensão de três jogos para Edgar, mas foi voto vencido.
Assim como Edgar, o técnico Lisca também foi condenado pelo STJD, com uma pena ainda maior: três jogos. Lisca, que estava suspenso na partida contra o Vasco, invadiu o campo para reclamar com a arbitragem. De acordo com o árbitro Gilberto Castro Júnior, o treinador do Bolivão gritou: “isso é uma vergonha, isso é uma vergonha, é a segunda vez que você faz isso comigo”. Pelas reclamações acintosas de Lisca e pelos lances polêmicos, Gilberto e seus auxiliares só conseguiram deixar o campo sob escolta de policiais militares.
Logo após as condenações de Edgar e Lisca, o Sampaio conseguiu absolver o goleiro Marcelo Pitol e o preparador físico Marcelo Rholing, que foram julgados por tentar se comunicar com o técnico Lisca, suspenso. A maioria dos auditores decidiu aplicar uma pena de advertência a Rholing e Pitol, que poderiam até cumprir um jogo de suspensão. Por fim, a Federação Maranhense de Futebol (FMF) foi absolvida, por unanimidade, após ter sido enquadrada no artigo 191, no parágrafo terceiro, que fala sobre “deixar de cumprir o regulamento geral ou especial da competição”.
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