Crime

Morte de ambientalista no Maranhão é levada à OEA

A ONG manifestou à OEA preocupação com a segurança e a vida dos outros conselheiros.

Imirante Imperatriz, com informações da assessoria.

Atualizada em 27/03/2022 às 11h40
(Foto: Divulgação)

BURITICUPU – O assassinato do ambientalista e conselheiro da Reserva Biológica do Gurupi, (Rebio) Raimundo dos Santos Rodrigues, foi denunciado à Organização dos Estados Americanos (OEA) nessa segunda-feira (31), pela ONG Justiça Global.

A ONG manifestou à OEA preocupação com a segurança e a vida dos outros conselheiros da Rebio do Gurupi e com os moradores da Comunidade Brejinho das Onças, localizada no interior da reserva, onde Raimundo vivia com a família. Além do conflito com os madeireiros, a comunidade sofre também com a perseguição de um latifundiário, ligado a políticos locais.

Raimundo foi morto em uma emboscada, a tiros e golpes de facão, na estrada que liga as cidades de Bom Jardim a Buriticupu. A esposa dele ficou gravemente ferida no atentado. Desde 2012, ele vinha denunciando a ação de madeireiros ilegais na região, o que o tornou alvo de constantes ameaças. Tanto que os madeireiros teriam elaborado uma lista com o nome do conselheiro e de outras pessoas marcadas para morrer, segundo a Justiça Global.

As ameaças contra a vida de Raimundo já haviam sido comunicadas à Ouvidoria Nacional Agrária, mas nada foi feito. Em julho deste ano, o Ibama apreendeu e incendiou caminhões que eram utilizados para extrair madeira ilegal do interior da Rebio.

A Reserva está conectada com as Terras Indígenas Alto Turiaçú, Awá e Carú. Juntas, formam um mosaico que representa o que resta de floresta amazônica no Maranhão. Em abril, o agente indígena de saneamento Eusébio Ka’apor foi assassinado com um tiro nas costas, na mesma região. De acordo com informações, ele teria sido vitimado por madeireiros contrários às ações de autofiscalização e vigilância territorial dos indígenas.

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