Economia

BC anuncia mais US$ 10 bilhões para segurar volatilidade do dólar

Medida busca injetar liquidez no mercado de câmbio; dólar fechou com alta de 2,5% nesta quinta (14).

Pedro Rafael Vilela / Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h18
(Marcello Casal Jr / Agência Brasil)

BRASÍLIA - O Banco Central informou hoje (14) em nota que deve oferecer mais US$ 10 bilhões em contratos de swap cambial, equivalente à venda de dólares no mercado futuro, a partir da semana que vem. A medida busca injetar liquidez no mercado de câmbio para evitar a volatilidade da moeda norte-americana. Na cotação desta quinta-feira, o dólar fechou com alta de 2,5%, vendido a R$ 3,8119, o maior valor dos últimos 13 meses.

"Esse montante [US$ 10 bilhões] poderá ser ajustado para cima ou para baixo, dependendo das condições de mercado. O Banco Central reafirma que não vê restrições para que o estoque de swaps cambiais exceda consideravelmente os volumes máximos atingidos no passado", diz a nota.

Além do aumento da taxa de juros do Banco Central dos Estados Unidos em 0,25%, anunciada ontem, notícias de que o Banco Central Europeu (BCE) encerrará seu programa de compras de títulos no fim do ano pressionou a alta do dólar.

"O BC continuará acompanhando as condições de mercado de câmbio e atuando para prover liquidez e contribuir para seu bom funcionamento", acrescenta o BC. Ainda segundo a nota, será mantida até amanhã a oferta de US$ 24,5 bilhões que havia sido anunciada pelo presidente da autarquia, ilan Goldfajn, na semana passada.

Entenda

Por meio das operações de swap cambial, o Banco Central vende contratos de venda futura da moeda norte-americana, mas sem transferir o recurso de fato. Ao fim do contrato, o BC garante ao investidor o pagamento da variação do dólar no período e o investidor restitui a variação da taxa de juros no período.

Se a taxa de juros for superior, o investidor embolsa os rendimentos. Se a moeda subir mais do que os juros no período, é o BC que sai ganhando. Esse contrato faz com que os investidores diminuam o apetite pela moeda norte-americana e o seu valor frente ao real seja reduzido no mercado de câmbio.

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