Lava Jato

Moro nega transferência de Cunha para presídio no Rio ou Brasília

Cunha foi condenado a 15 anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, sem direito de recorrer em liberdade.

Imirante.com, com informações da Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h21
Atualmente, ele está preso no Complexo-Médico Penal (CMP), na região metropolitana de Curitiba.
Atualmente, ele está preso no Complexo-Médico Penal (CMP), na região metropolitana de Curitiba. ( Foto: Divulgação)

BRASÍLIA - O juiz federal Sérgio Moro negou hoje (20) a transferência definitiva do ex-deputado Eduardo Cunha, preso na Operação Lava Jato, para o sistema prisional de Brasília ou do Rio de Janeiro, cidade de origem do parlamentar. Cunha foi condenado a 15 anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, sem direito de recorrer em liberdade. Atualmente, ele está preso no Complexo-Médico Penal (CMP), na região metropolitana de Curitiba.

Leia também:

Cunha diz que MPF e Joesley forjaram compra de silêncio para incriminar Temer

Fachin rejeita pedido de Cunha para ser transferido para Brasília

Cunha e Funaro ficam novamente frente a frente na Justiça Federal em Brasília

Nas últimas semanas, Cunha ficou preso temporariamente em Brasília em função dos depoimentos que estava prestando em outro processo oriundo da Lava Jato no Distrito Federal. No entanto, após o interrogatório, seu retorno a Curitiba foi determinado pela Justiça.

Os advogados de Cunha alegaram que a esposa do ex-parlamentar mora em Brasília, o escritório de sua defesa fica na capital federal e que os deslocamentos para depoimentos em várias investigações geram custos ao governo.

No entanto, na decisão, Moro disse que não é conveniente para o processo penal a transferência de Cunha para Brasília ou para o Rio, locais onde o ex-parlamentar teria influência política. “Sua influência política em Curitiba é certamente menor do que em Brasília ou no Rio de Janeiro. Mantê-lo distante de seus antigos parceiros criminosos prevenirá ou dificultará a prática de novos crimes e, dessa forma, contribuirá para a apropriada execução da pena e ressocialização progressiva do condenado”, decidiu.

Amanhã (21), o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), sediado em Porto Alegre, deve julgar a apelação de Eduardo Cunha, que tenta reverter a sentença que o condenou pelo recebimento de 1,3 milhão de francos suíços em propina em um contrato para exploração da Petrobras no campo de petróleo no Benin, na África.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.