Orçamento

Ministra quer incluir investimentos estratégicos da Defesa no PAC

Imirante, com informações da Agência Câmara

Atualizada em 27/03/2022 às 12h02

SÃO LUÍS - A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, defendeu, nessa quarta-feira (25), a inclusão de investimentos estratégicos do Ministério da Defesa no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), para garantir a sua execução orçamentária. Como exemplos dessa política, ela citou a inclusão na proposta de Lei Orçamentária (PLN nº 9/13) para 2014 do desenvolvimento de submarino nuclear, dos blindados Guarani, do Exército, e do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron).

O presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, deputado Nelson Pellegrino (PT-BA), defendeu a inclusão do Centro de Defesa Cibernética no PAC. “Queremos tecnologia brasileira para esse centro. É um dos projetos eleitos como prioridade pelas Forças Armadas”.

Poucos recursos

Parlamentares disseram que os recursos, ainda, estão muito abaixo das necessidades das Forças Armadas. O deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG), por exemplo, afirmou que o desembolso federal para a pasta caiu de 71% em 2000 para 51% em 2012. “Como podemos falar de defesa se não investimos em soberania? O Brasil tem de saber se defender”, criticou Azeredo, em relação às respostas do governo contra as ações de espionagem dos Estados Unidos.

De acordo com a ministra, a Defesa pagou R$ 58,6 bilhões, dos R$ 65,3 bilhões empenhados em 2012, o que daria um total de 89% de recursos pagos. Segundo Azeredo, o valor incluiria pagamento de pessoal e não só investimentos, o que poderia mascarar as ações do Executivo na pasta.

A deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), por sua vez, reclamou de o Brasil estar em último lugar em investimento em Defesa entre os Brics, grupo de países que também inclui Rússia, Índia, China e África do Sul, e em 18º entre as 20 maiores economias do mundo. “Investir em defesa é investir na autonomia e soberania do país. É investir em pesquisa e inovação, em educação e geração de emprego”, destacou.

A ministra participou de audiência pública conjunta da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização e da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara.

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