Ossada é encontrada em área indicada por Corumbá

O Estado do Maranhão

Atualizada em 27/03/2022 às 14h48

GOIÂNIA – Uma ossada completa encontrada ontem nas proximidades de Cachoeira das Andorinhas, em Pirenópolis, Goiás, pode ser da judia russa Katryn Rakitov, assassinada em abril de 2004 pelo hippie José Vicente Matias, o Corumbá ou Magrão.

Inicialmente, a polícia havia encontrado dois ossos grandes nas proximidades do local em que o acusado havia dito que deixara o corpo da mulher. Os policiais continuaram as buscas e, em outra escavação, localizaram a ossada. Peritos criminalistas foram deslocados para Pirenópolis, para recolherem os ossos e realizarem os exames da arcada dentária, a fim de identificar se os ossos pertencem mesmo à russa assassinada.

Katryn Rakitov foi morta em abril de 2004 e o corpo, segundo o acusado, teria sido abandonado coberto com pedras. Apesar de ter informado em suas confissões que havia deixado o corpo da mulher a cerca de 2 km da Cachoeira das Andorinhas, em uma trilha entre Pirenópolis e Goiânia, a delegada Jenia Etherna, daquele município, teve dificuldade em localizar o local. Segundo a polícia, a área é íngreme e muito vasta.

Finalmente ontem, a polícia conseguiu locar uma ossada que estavam nas proximidades de uma grota, por onde corre um filete de água, próximo às cachoeiras. Enquanto a polícia de Pirenópolis, prossegue nas buscas ao corpo de Katryn Rakitov, a polícia de Lençóis, na Bahia, começou a procurar o corpo de Simone Lima Pinho, logo que Corumbá confessor o assassinato. A polícia maranhense vai fazer um histórico da vida do hippie, a fim de tentar identificar outros crimes.

Ritual

Corumbá confessou ter executado Katryn, com pedradas na cabeça. Assim como ocorreu com as outras vítimas, ele teria feito uma fogueira nas proximidades do local da execução, que sempre acontecia próximo a áreas com muita água corrente. Após praticar o crime, ele colhia o sangue, bebia, passava pelo corpo, e em seguida, cobriu a vítima com pedras.

Situação semelhante aconteceu com a artesã Simone Lima Pinho, de 26 anos, que residia em Salvador, na Bahia e foi morta em Lençóis, na Chapada Diamantina, naquele mesmo estado. O crime aconteceu no dia 22 de junho de 2000. A vítima teve o corpo coberto com pedras, segundo Corumbá, a 3 km da saída de Lençóis.

A polícia baiana foi informada e iniciou buscas tão logo confirmou o desaparecimento da mulher. O próprio Corumbá teria ajudado a identificar a vítima, ao contar que Simone Lima andava sempre com um papagaio no ombro. Nas fotos deixadas na polícia, sobre seu desaparecimento, a vítima estava com o pássaro.

De acordo com a polícia, os corpos das demais vítimas do matador, Natália Canhas Carneiro, de 15 anos, morta em setembro de 1999, em Três Marias, Minas Gerais; Lidiayne Vieira de Melo, de 16 anos, morta em janeiro de 2004, em Goiânia, a alemã Marianne Kern, de 49 anos em 11 de março de 2005, em Atins, Barreirinhas, e a espanhola Núria Fernandez, de 28 anos, em 18 de março, em Itatinga, Alcântara, foram localizados.

Em São Luís, onde o hippie Corumbá permanece recolhido, a polícia já trabalha no histórico da vida do acusado, enfocando todos os lugares por onde ele passou. O trabalho visa identificar outros possíveis crimes.

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