Sem qualquer transparência, Eduardo Braide anuncia fim de greve dos rodoviários em São Luís
Prefeito da capital usou as redes sociais para falar do fim da paralisação dos rodoviários em tom de comemoração por não ter reajuste de tarifa, no entanto, o gestor não falou que a Prefeitura de São Luís vai repassar R$ 12milhões para os empresários.
A greve dos rodoviários chegou ao fim após 12 dias de paralisação do serviço de transporte público. O anúncio do fim da greve foi feito pelo próprio prefeito Eduardo Braide (Podemos) que -como se tivesse salvado a pátria - centrou o discurso de ter resolvido o problema sem aumento no valor da tarifa conforme ele havia garantido.
No entanto, o prefeito não deu qualquer detalhe sobre a negociação e os termos fechados. Sabe-se pelo Sindicato dos Rodoviários que a categoria terá o reajuste de 5%, aumento no valor do ticket alimentação e ainda a garantia de plano de saúde.
Esta parte fechada. Mas e quanto aos empresários? Eles passaram toda a greve nas mesas de negociação falando em prejuízos na ordem de R$ 6milhões. Como, então, que estes empresários conseguirão pagar os salários maiores de seus funcionários?
Esta parte, Braide deixou escondido. O prefeito não esclareceu como conseguiu fechar a equação sem o aumento da passagem.
O deputado Yglésio Moyses (PSDB) usou as redes sociais para dizer que o acordo foi de repasse de R$ 4 milhões feito da Prefeitura de São Luís para as empresas do sistema de transporte público. Ou seja: subsídio.
O parlamentar não deu todos os detalhes, mas o acordo ficou fechado em R$ 12 milhões de subsídio sendo dividido em três vezes. Serão R$ 4 milhões por mês, recurso, por sinal, que não se sabe de onde será retirado para repassar para a iniciativa privada. Depois que passar este período, a Prefeitura de São Luís terá duas alternativas. A primeira de prorrogar por mais tempo o subsídio para os empresários ou autorizar o aumento da passagem de ônibus.
As duas alternativas deixa claro que o prefeito Braide apenas prorrogou o problema no sistema de transporte público. Daqui a três meses, os problemas deverão bater, novamente, a porta do gabinete do prefeito de São Luís.
Não há como se projetar o que ele deverá fazer porque Eduardo Braide não tratou o assunto com transparência.
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