SÃO LUÍS - O nível de famílias de São Luís que possuem algum tipo de dívida alcançou a maior marca neste mês de junho desde o ano 2011, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Maranhão (Fecomércio-MA).
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Com o índice de endividamento registrado em 79,1% das famílias ludovicenses, a pesquisa destaca que a contratação de novas dívidas cresceu +8,06% em relação ao mês de maio e +37,8% em relação ao mesmo período do ano passado.
Para o presidente da Fecomércio, José Arteiro da Silva, os números mostram que as famílias estão tendo que buscar o crédito para financiar suas despesas correntes e seu nível de consumo. “Restrições na circulação da renda estão sendo observados nos resultados da pesquisa, uma vez que as famílias foram obrigadas a lançar mão de fontes de financiamento, como o cartão de crédito, para manter seu consumo essencial, tal como alimentos, medicamentos, materiais de limpeza, higiene pessoal, entre outros produtos considerados essenciais”, explica o presidente.
Inadimplência
Do total de famílias com dívidas, 31,5% afirmam que possuem pelos menos uma conta em atraso neste mês de junho, ou seja, estão em situação de inadimplência. Esse índice é o maior dos últimos doze meses, apresentando elevação de +17,5% na comparação com o mês anterior e de +3,2% sobre o nível registrado no mesmo período de 2019.
Os principais tipos de dívidas apresentadas pelos consumidores ludovicenses neste mês estão concentradas no cartão de crédito (65,5%) e nos carnês de lojas (25,5%). O tempo médio de atraso dessas dívidas é de 48,6 dias.
Atualmente, a pesquisa da Fecomércio-MA estima que a média de parcelamento das dívidas é de 6 meses e o percentual de comprometimento da renda do consumidor com essas dívidas é de 32%.
“A reabertura gradual do comércio, nas últimas semanas em São Luís, foi marcada por um fraco desempenho do volume de vendas. Ainda existe uma preocupação do consumidor quanto ao futuro da sua renda. O aumento da inadimplência e redução da renda dos ludovicenses são fatores que preocupam o comércio nesta retomada das atividades”, finaliza o empresário José Arteiro da Silva.
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