Água e esgoto

Saneamento básico no Brasil: ranking aponta que São Luís está entre as piores

A Caema informou que até 2020 serão investidos R$ 320 milhões no setor em todo o Maranhão.

Neto Cordeiro/Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h12

SÃO LUÍS – Na rua Dezesseis, na Ilhinha, região do São Francisco, moradores convivem há bastante tempo com o esgoto jorrando na porta de casa.

Um vídeo enviado por um internauta, que mora na localidade, mostra o problema. Um estudo divulgado nesta semana mostrou que a maior parte das maiores cidades do país tem baixo nível de reinvestimento no setor de Saneamento Básico.

São Luís aparece no ranking das 100 cidades com pior investimento em saneamento básico, segundo a pesquisa do Instituto Trata Brasil e da GO Associados.

Veja a lista abaixo:

  1. Franca (SP)
  2. Santos (SP)
  3. Uberlândia (MG)
  4. Maringá (PR)
  5. Vitória da Conquista (BA)
  6. Cascavel (PR)
  7. São José do Rio Preto (SP)
  8. Piracicaba (SP)
  9. São José dos Campos (SP)
  10. Niterói (RJ)
  11. Limeira (SP)
  12. Curitiba (PR)
  13. Ribeirão Preto (SP)
  14. Campinas (SP)
  15. Londrina (PR)
  16. São Paulo (SP)
  17. Ponta Grossa (SP)
  18. Goiânia (GO)
  19. Jundiaí (SP)
  20. Sorocaba (SP)
  21. Taubaté (SP)
  22. Suzano (SP)
  23. Palmas (TO)
  24. Mauá (SP)
  25. Petrolina (PE)
  26. Mogi das Cruzes (SP)
  27. Uberaba (MG)
  28. Campina Grande (PB)
  29. Praia Grande (SP)
  30. São José dos Pinhais (PR)
  31. Campo Grande (MS)
  32. João Pessoa (PB)
  33. São Bernardo do Campo (SP)
  34. Belo Horizonte (MG)
  35. Caruaru (PE)
  36. Montes Claros (MG)
  37. Taboão da Serra (SP)
  38. Porto Alegre (RS)
  39. Petrópolis (RJ)
  40. Campos de Goytacazes (RJ)
  41. Osasco (SP)
  42. Brasília (DF)
  43. Carapicuíba (SP)
  44. Contagem (MG)
  45. Boa Vista (RR)
  46. Anápolis (GO)
  47. Serra (ES)
  48. Feira de Santana (BA)
  49. Salvador (BA)
  50. Santo André (SP)
  51. Rio de Janeiro (RJ)
  52. Florianópolis (SC)
  53. Guarujá (SP)
  54. Caxias do Sul (RS)
  55. Diadema (SP)
  56. São Vicente (SP)
  57. Betim (MG)
  58. Cuiabá (MT)
  59. Vitória (ES)
  60. Governador Valadares (MG)
  61. Bauru (SP)
  62. Juiz de Fora (MG)
  63. Aparecida de Goiânia (GO)
  64. Itaquaquecetuba (SP)
  65. Paulista (PE)
  66. Aracaju (SE)
  67. Blumenau (SC)
  68. Camaçari (BA)
  69. Ribeirão das Neves (MG)
  70. Santa Maria (RS)
  71. Olinda (PE)
  72. Vila Velha (ES)
  73. Maceió (AL)
  74. Canoas (RS)
  75. Joinville (SC)
  76. Fortaleza (CE)
  77. Mossoró (RN)
  78. Caucaia (CE)
  79. Recife (PE)
  80. Pelotas (RS)
  81. Guarulhos (SP)
  82. Nova Iguaçu (RJ)
  83. São Luís (MA)
  84. Natal (RN)
  85. Teresina (PI)
  86. Várzea Grande (MT)
  87. Gravataí (RS)
  88. Cariacica (ES)
  89. São João de Meriti (RJ)
  90. Belém (PA)
  91. Duque de Caxias (RJ)
  92. São Gonçalo (RJ)
  93. Rio Branco (AC)
  94. Jaboatão dos Guararapes (PE)
  95. Belford Roxo (RJ)
  96. Macapá (AP)
  97. Santarém (PA)
  98. Manaus (AM)
  99. Ananindeua (PA)
  100. Porto Velho (RO)

Segundo o estudo, apenas uma pequena parte do que é arrecadado é utilizado para fazer melhorias no serviço, como manutenção, troca de redes e a expansão dos atendimentos. Grande parte é usada no pagamento de funcionários ou insumos.

Outro ponto que o estudo ressalta é que destas 100 cidades, 70 reinvestem menos de 30% do que arrecadam no setor. Somente cinco delas investem 60% ou mais na melhoria dos serviços de Saneamento Básico.

O Imirante.com entrou em contato com a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) que informou que até 2020 serão investidos R$ 320 milhões no setor em todo o Estado.

Outra questão que tira o sono de muita gente que mora em São Luís é a falta d’água. Jaqueline Francisca contou que, na rua Um do São Francisco, os moradores têm sofrido recentemente com a seca nas torneiras.

Segundo Jaqueline, o rodízio no sistema de abastecimento não tem sido obedecido. Há dias em que deveria ter água nas torneiras, mas acaba não tendo. Como na terça-feira (23) que, segundo ela, voltaram a ter transtornos. Hoje (25), o abastecimento no bairro se restabeleceu.

A Caema informou ao Imirante.com que "está monitorando e realizando serviços para melhorar o abastecimento da área. Além de mudanças operacionais e manobras, tem feito identificação e retirada constante de vazamentos, preservando o abastecimento nas áreas atendidas pelo reservatório R-9. Quanto à questão da Ilhinha, a Companhia esclarece que o problema está relacionado a galerias operadas pela prefeitura na área", disse em nota.

Procurada pela reportagem, a Prefeitura de São Luís comunicou, por meio de nota, que "a Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp) informa que vai enviar equipe ao local para verificar a situação, a fim de tomar as providências necessárias para solucionar os problemas que forem de sua responsabilidade".

O abastecimento de água atinge 73,25% da população no Nordeste. O índice de atendimento total de água no Maranhão, segundo dados do Trata Brasil é de 52,07, o mais baixo do Nordeste. Sergipe tem o índice mais elevado dos nove Estados: 85,33.

Quanto ao tratamento de esgoto, segundo a pesquisa, o índice no Maranhão é de apenas 9,18. Enquanto na Bahia, o número chega a 50,42.

Veja aqui mais detalhes

Leia, na íntegra, a nota da Caema sobre o investimento em Saneamento Básico:

A Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) informa que, através do Programa Mais Saneamento, o Governo do Estado tem investido fortemente em saneamento básico, totalizando R$ 170 milhões já investidos até 2018. Ao todo, R$ 320 milhões serão investidos até 2020 para melhorar a cobertura do serviço de esgotamento sanitário e tratamento de esgoto no estado. As obras, iniciadas em 2015, incluem a implantação de 350 quilômetros de novas redes coletoras e interceptores. Destes, mais de 150 km já estão implantados e as obras continuam em curso.

O programa Mais Saneamento inclui, ainda, a construção de 35 novas Estações Elevatórias de Esgoto (EEE) e a recuperação de outras 17, além da construção de duas novas Estações de Tratamento de Esgoto (ETE) – a Vinhais, já entregue, e a Anil, com previsão de entrega para julho deste ano. Somadas às outras duas já existentes, estas unidades apresentarão coleta total de 60% de esgoto, com índice de 70% de tratamento.

Também na capital, estão em funcionamento três estações de tratamento de água. A Companhia ressalta que está trabalhando para combater as perdas com programas para uso consciente da água e combate a vazamentos, o que resultará em abastecimento com regularidade na cidade.

Além disso, com a entrega da nova Adutora do Italuís, em 2018, a população passou a contar com um incremento de 30% no volume de água, em relação à vazão antiga.

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