No Altos do Calhau

Falta d'água e infraestrutura prejudicam moradores

Na região, a água não chega há cinco dias. Mas as contas sim.

Daniel Moraes / Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h40
(Foto: Daniel Moraes / Imirante.com)

SÃO LUÍS - “São Luís do Maranhão/ Tem água pra todo lado/ E lá no bairro que eu moro/ É dia sim, dia não”. O verso da música “Beijo e Beliscão”, de autoria dos músicos maranhenses Wilson Zara e Bebé, retrata bem a realidade vivida pela população da capital. No bairro Vila Conceição, na região do Altos do Calhau, por exemplo, a situação é ainda pior: lá, a água não chega há cinco dias.

Na região, mesmo quem tem bomba em casa não consegue água nas torneiras. Os moradores precisam comprar galões de água mineral para realizar simples atividades. Para encher uma caixa d’água de mil litros, eles precisam pagar R$ 30. “Desde quinta-feira passada (30) não chega água, hoje eu precisei pagar para encherem a minha caixa. E é um problema, porque esse dinheiro faz falta”, conta a moradora Euza de Jesus, de 46 anos.

Pagando sem receber

Mesmo com a escassez de água no bairro, as contas continuam chegando regularmente. Alguns moradores deixaram de pagar, mas outros continuam pagando por receio. “Eu continuo pagando que é pra não sujarem o meu nome, mas essa situação é complicada, o dinheiro faz falta no fim do mês”, relata Euza de Jesus.

A moradora também afirma que nem sempre a situação foi tão ruim no bairro. “Quando mudaram o sistema de distribuição foi que piorou, de uns cinco anos pra cá. E eu acho que essa história de morador colocar bomba nas casas também piora a situação de quem não tem. Porque eu acredito que, mesmo que fraquinha, a água viria se não fossem essas bombas”, opina.

Falta água e infraestrutura

Outro problema sério do bairro é a falta de infraestrutura. Algumas ruas estão cheias de buracos, e outras, como a da Juçara, nunca receberam asfalto. Na região, como também é comum em outros bairros da cidade, não há saneamento básico, o esgoto corre a céu aberto, o que prejudica a saúde da população. “É uma complicação isso daqui, quando chove a rua fica intrafegável, e é poeira e lama o dia inteiro. Às vezes um carro passa rápido e suja a casa toda, a gente tem que limpar três vezes por dia”, revela Maria Helena.

O Imirante entrou em contato, por e-mail, com a Prefeitura de São Luís e com a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) aguarda um posicionamento.

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