Encheu o "porquinho"

SL: jovem poupa R$ 40 mil em quatro anos

Segundo pesquisa, um terço dos consumidores não conta com reserva financeira.

Neto Cordeiro/Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h46
 Foto: Neto Cordeiro/Imirante.com.
Foto: Neto Cordeiro/Imirante.com.

SÃO LUÍS - Aos 21 anos, Hannah Almeida colhe os frutos de um costume que pode ser impossível para muitos brasileiros. O apartamento e o carro foram adquiridos no fim do ano passado, após quatro anos poupando parte do salário. A estudante de Engenharia de Produção, que mora em um apartamento no bairro do Turu com a tia, conta que o hábito começou aos 17 anos.

"Em 2010 fui efetivada e abri uma poupança. Desde então, eu comecei a poupar 50, 60 reais. Quando eu fui efetivada em 2012, em outra empresa, ganhava muito melhor. Comecei a poupar mais da metade do meu salário porque eu não tinha com o que gastar meu dinheiro", explica a estudante. Em um dos empregos, Hannah, ainda, recebeu uma rescisão no valor de R$ 10 mil. Segundo ela, foi tudo para a poupança. Em março de 2014, conquistou o quarto emprego e continou enchendo o porquinho.

 Arte: Neto Cordeiro/Imirante.com.
Arte: Neto Cordeiro/Imirante.com.

Sem gastos com servios essenciais, como água e luz, até novembro de 2014, Hannah conseguiu poupar cerca de R$ 40 mil. Neste período, ela passou por quatro empresas, e à medida que o salário aumentava, o montante que ia para a poupança, também, crescia. O bolo final rendeu a ela um apartamento no bairro do Araçagi e um carro. "O apartamento comprei, em novembro, para alugar e já até recebi. O carro comprei em dezembro", afirma. Apesar de tamanha economia, ela afirma que nunca deixou de gastar com coisas que a maioria dos jovens gosta: compras, viagens, baladas.

No entanto, para muitos, manter algum dinheiro guardado, ainda que de baixo valor, não é tarefa fácil. Uma pesquisa realizada pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito), em dezembro do ano passado, apontou que um terço dos consumidores (33%) entrevistados não conta com uma reserva financeira para realizar seus sonhos no futuro, como a compra de uma casa, carro ou viagem. Além destes, outros 22% admitem não ter o hábito de guardar dinheiro pensando no amanhã.

"A minha avó sempre disse: quando receber teu salário, guarda alguma coisa. Eu sabia que tinha que guardar algo para alguma coisa, mas não tinha em mente que teria que comprar um apartamento, um carro. Eu guardava porque eu acho que todos têm que tirar uma parte para guardar. A gente nunca sabe o dia de amanhã", ressalta.

A jovem, agora, pensa em concluir a faculdade e formalizar um négocio no setor de vendas. E, claro, continuar economizando. Focada em sua educação financeira, Hannah deixa um recado: "Equilíbrio. Acho que essa é a palavra chave", pontua.

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