Greve

Vigilantes voltam a fazer greve por falta de pagamento de salários

O Estado

Atualizada em 27/03/2022 às 12h17

SÃO LUÍS - Vigilantes de escolas públicas municipais decidiram na manhã de ontem (17) pela retomada da greve, que havia sido suspensa na semana passada, após a categoria ter recebido a promessa do pagamento de quatro meses de salários atrasados. Os trabalhadores decidiram paralisar as atividades mais uma vez, porque a promessa não foi cumprida.

Na manhã de ontem, cerca de 100 vigilantes da empresa Sentinela, que presta serviço para a Secretaria Municipal de Educação (Semed), se reuniram no Sindicato dos Vigilantes do Maranhão (Sindvig) na Rua dos Afogados, no Centro, com um dos proprietários da empresa, Neto Teles, que garantiu que os salários em atraso, assim como o tíquete-alimentação e vale- transporte serão pagos até quinta-feira, dia 20. Mesmo com a promessa, os vigilantes decidiram por unanimidade paralisar as atividades mais uma vez.

"Vocês estão no direito de fazer greve, mas façam dentro da legalidade. Também não estamos contentes, pois não estamos recebendo dinheiro, mas assim que a Prefeitura nos repassar, pagaremos vocês", disse Neto Teles.

A greve

A greve teve início no dia 30 de agosto. Os vigilantes alegavam que não recebiam havia mais de três meses os seus salários, o vale-transporte, e o tíquete-alimentação. No dia 5, os vigilantes decidiram voltar ao trabalho durante assembleia no Sindvig, que teve participação de aproximadamente 200 vigilantes, e um representante da Sentinela. Ficou acordado, na ocasião, que os salários seriam pagos até sexta-feira, dia 14, e que mesmo a Prefeitura não fazendo o repasse dos valores devidos à empresa, ela faria um empréstimo para pagar os trabalhadores. No entanto, o acordo não foi cumprido e mais uma vez as escolas da rede municipal da capital estão sem vigilância.

"Fico triste em saber que as escolas ficarão à mercê de todo tipo de bandido, mas nós somos trabalhadores honestos, cumprimos com nossos deveres e temos o direito de receber pelos serviços prestados", informou o vigilante Paulo Ferreira de Carvalho, de 31 anos.

Segundo um dos proprietários da empresa Sentinela Neto Teles, a Prefeitura se comprometeu a pagar o valor devido à empresa até quinta-feira, o que ainda não foi feito antes por causa de pendências contratuais. "Fizemos um contrato emergencial com a Prefeitura porque as escolas estavam sem vigilância, mas não imaginávamos que fosse demorar tanto a regularizar o contrato", frisou Neto Teles.

Ele confirmou ainda que na semana passada havia realmente feito a promessa de que faria um empréstimo para pagar os trabalhadores, mas que no entanto problemas bancários impossibilitaram o empréstimo.

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