Arqueologia

Centro de Arqueologia do Maranhão comemora 10 anos

O Centro foi criado para estudos nas áreas de arqueologia, paleontologia e etnologia.

Divulgação

Atualizada em 27/03/2022 às 12h24

SÃO LUÍS - Há 10 anos, a Praia Grande ganhava o Centro de Pesquisa de História Natural e Arqueologia do Maranhão, órgão vinculado à Secretaria de Estado da Cultura (Secma). O Centro foi criado em 27 de março de 2002 como instituição especializada de estudo nas áreas de arqueologia, paleontologia e etnologia. E esta primeira década de fundação será celebrada com um coquetel, a ser realizado no próprio espaço (Rua do Giz, 59, Praia Grande), nesta sexta-feira (30), às 19h.

Diretor do Centro, Deusdédit Carneiro Filho, destacou a importância do órgão, cuja finalidade é reunir, arquivar, e aprofundar os estudos arqueológicos, paleontológicos e etnológicos no Maranhão. “É um espaço de história e conhecimento”, resumiu.

De acordo com o diretor, nos primeiros anos, o Centro recebeu, em média, três mil visitas por mês. Com o passar do tempo, o número de registros chegou a 15 mil ao mês. Entre os visitantes desta primeira década, encontram-se pessoas de 19 municípios maranhenses, de 17 Estados do país, além de estrangeiros de sete países.

Manuel Alfredo Medeiros, professor da Univeridade Federal do Maranhão (UFMA) e consultor do Centro de Pesquisa, avalia o avanço nos 10 anos de instituição, destacando que as pesquisas realizadas e as peças encontradas eram inéditas na América do Sul. “Alguns dos materiais publicados já foram solicitados no Reino Unido, França, Estados Unidos, Argentina, Canadá e Uruguai. Também já foram traduzidos em diversos idiomas, inclusive o chinês”, destacou.

O Centro foi o pioneiro no Maranhão a efetivar pesquisas de salvamento, monitoramento e resgate de sítios no interior e na capital, sendo que a área do Centro Histórico de São Luís foi alvo da primeira escavação. A equipe do órgão participa ativamente de projetos de parceria nacionais.

Acervo

O acervo inclui preciosidades. Na área de Arqueologia, pode-se observar ferramentas, cerâmicas, materiais líticos, azulejos, além de outras relíquias do passado. Na área da Etnologia, encontra-se o acervo de povos indígenas de milhares de anos, relatando a diversidade e a história dos índios por meio dos objetos ali retratados. Na área da paleontologia, nota-se a história por meio das descobertas de rochas e fósseis encontrados no Estado.

E o espaço tem um atrativo a mais. No primeiro andar, estão réplicas de criaturas exóticas e gigantescas que há milhões de anos habitavam o planeta, como as espécies de dinossauros Spinosaururs, Titanossauro e Carcharodontosaurus, os peixes do gênero Cretáceo do Maranhão, crocodilos Candidodon, entre outros seres que viveram há cerca de 95 milhões de anos.

Os trabalhos na área resultaram em mapeamentos e identificação de sítios fossilíferos no Maranhão. Segundo a coordenadora do setor de Paleontologia, Agostinha Araújo, foram coletados mais de três mil peças de fósseis.

O material proporcionou a produção, em parceria com universidades, de mais de 10 monografias, 14 artigos científicos, cinco teses de mestrados e dois de doudorado (uma ainda em andamento) sobre o assunto. O espaço recebe, ainda, apoio de estudantes voluntários de diversas instituições de ensino. “Alguns desses estudantes acabaram por decidir seguir na área por causa do incentivo", destacou Agostinha Araújo.

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