Medidas defensivas tratam de proteger mais o coração da Internet

CNN

Atualizada em 27/03/2022 às 15h26

WASHINGTON -- Na tentativa de evitar ataques como o que ocorreu no mês passado, especialistas promoveram uma importante mudança para os 13 servidores que gerenciam o tráfego mundial da Internet, separando dois deles.

A Verisign Inc., que opera dois desses servidores, mudou um computador durante a noite de terça-feira para um edifício diferente num local não especificado no norte do estado norte-americano da Virgínia e para uma parte diferente de sua rede, de acordo com a porta-voz Cheryl Regan.

A Verisign disse que a mudança fez parte de medidas defensivas adotas após o ataque dos hackers, para que ações semelhantes não interrompam o funcionamento dos dois servidores. A última mudança do gênero em um dos 13 servidores ocorreu em 1997.

O FBI está investigando o ataque feito em 21 de outubro aos servidores e que interrompeu rapidamente o funcionamento de nove deles, localizados em pontos diferentes dos Estados Unidos e em outros três países.

Sete não conseguiram responder para legitimar o tráfego de rede e outros dois apresentaram falhas intermitentes durante o ataque, que durou cerca de uma hora.

O serviço foi restaurado depois que especialistas adotaram medidas defensivas e o ataque subitamente terminou.

A Verisign garante que os dois servidores que opera não estão entre aqueles atingidos pelo ataque, embora estivessem na mesma parte de sua rede.

A maioria dos internautas não percebeu os ataques porque a arquitetura da Internet foi feita para tolerar esse tipo de interrupção breve, mas muitos especialistas ficaram surpresos com a coordenação e o rápido sucesso dos atacantes.

Em ataques como os direcionados contra os servidores da Internet, os hackers costumam assumir o controle de computadores de universidades, empresas e mesmo usuários domésticos, enviando-lhes torrentes de dados com alvos predeterminados.

Coréia do Sul

Robert Mueller, diretor do FBI, disse na semana passada que os investigadores rastrearam a maior parte dos ataques e chegaram a computadores na Coréia do Sul e nos Estados Unidos.

A mudança desta semana foi aprovada pelo Departamento de Comércio dos Estados Unidos, segundo Louis Touton, funcionário da Internet Corporation for Assigned Names and Numbers, organização sem fins lucrativos que gerencia mudanças técnicas para a Web sob a autoridade do governo norte-americano.

A Microsoft descobriu e corrigiu uma brecha semelhante à usada contra os servidores das Internet, após ataques em sua própria rede em janeiro de 2001, que impediram que milhões de clientes visitassem os principais sites da empresa durante dois dias.

Naquele caso, a Microsoft descobriu que os quatro computadores que direcionam seu tráfego estavam na mesma seção de sua rede, permitindo que os hackers os atingissem com facilidade.

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