Os estados de Pernambuco e Mato Grosso do Sul foram os únicos do País a não eleger nenhuma mulher para Câmara ou para o Senado Federal nestas eleições.
Estes dois estados estão na contramão de uma tendência que se verificou neste pleito, quando o número de mulheres aumentou consideravelmente.
Nas eleições de 2002, foram eleitas 42 mulheres deputadas federais em todo o País (8,2% do total).
Isso significou um crescimento de 45% em relação às eleições de 1998, quando foram eleitas 29 deputadas (5,6% do total). Para o mandato de senadora, foram eleitas 8 candidatas, contra quatro registradas no pleito anterior.
Para a secretária executiva da Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB), cuja sede funciona atualmente em Pernambuco, Silvia Camurça, o resultado das urnas em Pernambuco e no Mato Grosso do Sul é um reflexo da "coalizão de forças conservadoras" que domina a política nestes dois estados.
"No caso de Pernambuco, há uma aliança pesada, com um perfil mais liberal e conservador, que se apóia nos políticos tradicionais da Região.
Assim, fica difícil abrir espaço para as mulheres, ao menos que elas sejam esposas desses políticos", avalia.
Ela também chama atenção para o fato de que as mulheres tem mais chances de participação quando as forças são mais democráticas.
Neste sentido, ela acredita que a disputa em Pernambuco este ano entre a oposição e a situação pode acabar beneficiando as mulheres.
"A briga maior no Estado foi entre as forças de direita e de esquerda. Esta polarização minou o crescimento das mulheres. Não houve espaço para uma reflexão sobre as mulheres", acredita.
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