Unireggae começa hoje na praça dos Canteiros na Praia Grande

Festival Universitário de Reggae acontece hoje e amanhã, a partir das 19h, com apresentação de 17 músicas maranhenses.

O Estado do Maranhão

Atualizada em 27/03/2022 às 15h32

Aos que pensam que é só às quartas-feiras que o reggae dá o tom na praça dos Catraeiros, na Praia Grande, é importante saber que as noites de hoje e amanhã serão de ‘pedras’ inéditas, produzidas no estado. A partir das 19h, o Festival Universitário de Reggae, o Unireggae, movimentará a massa regueira da Ilha com a apresentação de 17 músicas concorrentes e uma homenagem a três personalidades que contribuem para a difusão do estilo no estado.

Promovido pela Universidade Federal do Maranhão, por meio do Departamento de Assuntos Culturais, o festival será aberto com a apresentação do grupo de dança Jah Rastafari. Em seguida, oito dos 17 concorrentes passarão pelo palco montado no local - um espaço, por excelência, associado ao ritmo jamaicano, devido às festas semanais com radiolas de reggae -, selecionados por meio de sorteio.

Pela ordem de apresentação, as concorrentes de hoje serão Trilhas, de Well Matos; Lembranças, de Ricardo Silva; Rebento, de Paulo de Maré; Palavras no Ar, de Francisco Barroso; Eu Vi, de Nivandro Costa Vale; Canto de um Gueto, de Wallasse Godinho; Nos Teus Lençóis, de Samuel Barreto e Neto do Cavaco; e Esperança, de Jorge Henrique e Uimar Cavalcante. A noite será encerrada com show da banda Catarina Mina.

Amanhã, a ordem de apresentação será a seguinte: Sentimento, de Edilson Estanislau Pitombeira; Força Cigana, de Gil Estrela; A Descoberta, de Toty Freire; Jogo da Vida, de Marcos Lima; A Fuga, de Zé Lopes; Muito Mais, de Walber Pessoa; Dreadlock, de Dagê Miranda e Gérson da Conceição; O Arco da Prenhez da Mulher, de Júnior Smith; e Mapa Astral, de Emanuel de Jesus e Zezinho Casanova. O show especial da noite ficará à cargo da banda Filhos de Jah.

Este ano, o julgamento das melhores músicas e intérprete do festival estará nas mãos de um júri pra lá de especializado. O 5º Unireggae terá uma comisão julgadora formada pelos músicos Chiquinho França, Joaquim Santos, Beto Pereira, Rodrigo Caracas e Josias Sobrinho, e pelos radialistas e apresentadores Jorge Black, Marcos Vinícius, Tony Tavares e Pedro Sobrinho. “A maior preocupação da coordenação do festival foi formar um júri técnico competente para que o resultado aponte aqueles que realmente fizeram um melhor trabalho”, justifica Euclides Moreira Neto, diretor do DAC e coordenador do evento.

Mas os “especialistas” no assunto não julgarão sozinhos. Como a Ilha possui um público regueiro bastante especializado no ritmo, terá seus preferidos também premiados.

Os três primeiros colocados, segundo o júri técnico, receberão, além do troféu Rastafari, a quantia em dinheiro de R$1 mil (1º lugar), R$700,00 (2º lugar) e R$ 300,00 (3º lugar), respectivamente. O Melhor Intérprete receberá R$ 500,00.

Os escolhidos pelo júri popular receberão o troféu Rastafari. Todos os premiados, porém, receberão ainda a Carteira de Músico com taxas de inscrição e anuidades pagas, concedida pela Ordem dos Músicos do Brasil-MA.

SEMELHANÇAS - Apesar do ineditismo ser um dos pré-requisitos do festival - até porque um evento realizado a céu e portas abertas é sempre passível de novidades -, alguns nomes de uma forma ou de outra estão ligados às edições anteriores do Unireggae.

A começar pelos concorrentes. Seis dos 17 compositores selecionados para a edição deste ano participaram do evento no ano passado. É o caso de Samuel Barreto, que concorreu com De Tinta e Caneta; Nivandro Costa Vale, com Leitura Concreta de uma Ilha; Toty Freire, com Gente Sem Vez; Júnior Smith, com Canto de Jah; o bacabalense Emanuel de Jesus, com Reggae do Amor; além do cantor e compositor Zé Lopes, que nos cinco anos de realização do festival de reggae, ‘abocanhou’ dois segundo lugar e dois primeiro - o mais recente foi na edição do ano passado, no qual a música Manhã em Manhatan foi a preferida tanto do júri técnico quanto do popular.

Outra semelhança em relação a edições anteriores refere-se aos convidados deste ano. A banda Catarina Mina, que apresenta-se esta noite, acompanhou no festival de 2001 o vocalista Djalma Lúcio, que defendeu Você e a Hora Certa. Já a Filhos de Jah, volta a fechar a noite de encerramento do evento, e novamente será a banda base para a apresentação dos selecionados - estes poderão acrescentar apenas outros vocais e músicos.

Pontos positivos para o Festival Universitário de Reggae, que além de confirmar a veia regueira de determinados artistas locais, comprova que sempre há novos para se incorporar à massa. Massa esta que sempre prestigia as ‘pedras’, sejam elas ‘importadas’ ou made in Maranhão.

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