Alerta

ONG Somos Todos Mariana faz palestra sobre feminicídio na capital

Evento ocorreu ontem, véspera do Dia Internacional da Mulher, na Unidade de Educação Básica (UEB) Miguel Lins, e o objetivo foi conscientizar sobre a violência

Atualizada em 11/10/2022 às 12h26
(violencia)

SÃO LUÍS - Na véspera do Dia Internacional da Mulher, ontem (8), os representantes da ONG Somos Todos Mariana ministraram uma palestra de conscientização sobre o crime de feminicídio aos alunos da Unidade de Educação Básica (UEB) Miguel Lins, no bairro Alemanha.

Uma das palestrantes foi a presidente da ONG, Flor de Lis Costa, mãe de Mariana Costa, assassinada no dia 13 de novembro de 2016, no seu apartamento, no bairro Turu, segundo a polícia pelo próprio cunhado, Lucas Porto. O acusado foi preso em flagrante pelos crimes de feminicídio e violência sexual.

Flor de Lis declarou que essa ONG nasceu durante um momento de muita tristeza para a sua família devido à morte da sua filha de forma bárbara. Em relação ao even­to, ela disse que tem a função de conscientizar as crianças sobre a violência doméstica e o crime de feminicídio.

Acredito que do mesmo jeito que eu choro pela ausência da minha filha há outras mães que também sentem essa minha dor”Flor Lis Costa, mãe de Mariana Costa e presidente da ONG

Mensagem
A presidente da ONG ainda afirmou que mensagem de conscientização deve ser levada a todas as crianças, principalmente nas escolas para que não possam mais ocorrer esse tipo de crime. “Acredito que do mes­mo jeito que eu choro pela ausência da minha filha, há outras mães que também sentem essa minha dor”, desabafou Flor de Lis.

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Wilson Sarney, voluntário da ONG, afirmou que o ser humano deve ser esclarecido sobre esse assunto como ainda a denúncia é necessária ser feita para a polícia. “As crianças e os adolescentes podem mudar essa triste realidade no futuro mais próximo”, disse.

Carolina de Araújo, irmã de Mariana Costa e vice-presidente da ONG, também afirmou que é de suma importância a denúncia. “Não devemos nos calar sobre a violência contra a mulher, pois, o feminicídio não é um fato isolado e ocorre um caso dese tipo de crime a cada duas horas no país”, declarou a irmã de Mariana.

Já a professora da UEB Miguel Lins Jaciara Campelo afirmou que é importante ser discutido o problema social em sala de aula. “O aluno deve saber que o crime de feminicídio deve ser combatido”, dis­se a professora.

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