Estudo

Maranhão ocupa apenas a 22ª colocação no ranking de inovação

Estudo realizado pelo Observatório da Indústria, da Federação da Indústria do Ceará, avalia a capacidade de inovação dos estados e os resultados, informações fundamentais para o desenvolvimento de políticas públicas

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15
Mapa da Fiec coloca o estado do Maranhão na 22ª posição nacional e na 7ª em inovação no Nordeste
Mapa da Fiec coloca o estado do Maranhão na 22ª posição nacional e na 7ª em inovação no Nordeste (Inovação Maranhão)

SÃO LUÍS - No ranking nacional do Índice de Inovação dos Estados, o Maranhão ocupa apenas a 22ª colocação, de acordo com estudo realizado pelo Observatório da Indústria, da Federação da Indústria do Estado do Ceará (FIEC) com apoio da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). Em âmbito regional (Nordeste), está na 7ª posição. Em relação à edição anterior do índice, o estado ganhou quatro posições no ranking nacional e duas posições no regional.

O Índice tem como propósito identificar os principais pontos relacionados à inovação, bem como
mensurar o patamar em que os estados brasileiros se encontram. Dessa forma, oferece munição
informacional para o desenvolvimento de políticas públicas que fomentem um ecossistema inovador no Brasil.

“O Índice funciona como uma verdadeira bússola e tem enorme potencial para nortear os estados a traçar ações ainda mais estratégicas para fomentar o desenvolvimento. Por meio dele, é possível identificar atividades inovadoras que se desenvolvem com fluidez, além de pontos de melhoria a serem trabalhados”, reforça Guilherme Muchale, gerente do Observatório da Indústria.

Desse modo, o Índice FIEC de Inovação dos Estados é calculado por meio de dois indicadores –
Capacidades e Resultados – que avaliam o ambiente inovador (Capacidades) e medições da inovação em si (Resultados).

O Índice de Capacidades captura os seguintes elementos: Investimento Público em Ciência e
Tecnologia, Capital Humano (Graduação e Pós-Graduação), Inserção de Mestres e Doutores, Instituições, Infraestrutura e Cooperação. Já o Índice de Resultados avalia outros aspectos: Competitividade Global,Intensidade Tecnológica, Propriedade Intelectual, Produção Científica e Empreendedorismo Inovador. Como os dados são desagregados em doze indicadores e duas dimensões, a solução dos entraves fica mais direcionada.

Na dimensão de Capacidades, o Maranhão aparece na 23º colocação nacional, e na dimensão
Resultados o estado ficou em 21º lugar, ganhando posições em relação à edição anterior do índice. A posição inferior na dimensão Capacidades, em comparação à dimensão Resultados, denota que o Maranhão consegue aproveitar as reduzidas condições promotoras de inovação, contribuindo para que os resultados em inovação sejam melhores, comparativamente às capacidades existentes.

Piores desempenhos
Quando analisamos os indicadores que compõem o Índice FIEC de Inovação dos Estados – 2021, os melhores resultados do estado foram conquistados nos indicadores de Instituições (9º), ficando no top 10 nacional e na 2ª colocação do Nordeste. Já os piores desempenhos da unidade federativa foram nos indicadores de Capital Humano - Graduação e Empreendedorismo, no qual assumiu a última posição do ranking nacional, seguido do indicador de Inserção de Mestres e Doutores, com a penúltima posição.

O indicador de Capital Humano merece atenção, uma vez que foi o único indicador no qual o estado apresentou queda, passando da 25ª para a 27ª colocação no ranking nacional, o que demonstra que é preciso melhorar o nível educacional, em termos de graduação.

O estado manteve as posições conquistadas na edição anterior nos indicadores de Investimento
Público em C&T (16º), Intensidade Tecnológica (18º), Capital Humano - Pós-Graduação (21º), Propriedade Intelectual (20º), Cooperação (24º) e Empreendedorismo (27º).

Mais
Nesta edição de 2021 do índice, São Paulo foi mais uma vez o estado mais inovador do Brasil,
posição esta que se mantém desde a primeira edição. Santa Catarina e Rio Grande do Sul aparecem na segunda e terceira colocação, respectivamente, e completam o "pódio". Espírito Santo e Maranhão foram os estados que mais cresceram no ranking.

O Nordeste foi apontado como a terceira região mais inovadora do Brasil, atrás somente de Sul e
Sudeste. Entre os estados desta região, destacam-se Pernambuco (10), Ceará (11º) e Rio Grande do Norte liderou os indicadores (13º). No Centro-Oeste os melhores colocados foram o Distrito Federal (7º) e Goiás (12º). Apesar dos empecilhos à inovação que o Norte sofre, o estado do Amazonas se mostra um líder na região, sendo o oitavo estado mais inovador do país.

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