Efeitos da Covid

Número de padres infectados por covid quase dobrou em 1 ano no MA

Até agosto do ano passado, eram 34 religiosos infectados pelo novo coronavírus; dados mais recentes da CNP apontam 63 casos contaminados em todo o estado do Maranhão

Ismael Araújo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15
Igreja Católica tem sofrido perdas por causa da covid; dois padres já morreram em São Luís
Igreja Católica tem sofrido perdas por causa da covid; dois padres já morreram em São Luís (Igreja)

São Luís - A quantidade de padres diocesanos infectados pela Covid-19 quase dobrou em um ano no Maranhão, segundo a Comissão Nacional de Presbíteros (CNP), vinculada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Até agosto do ano passado foram registrados 34 religiosos contaminados pelo vírus, em todo o estado, e um caso de óbito; dados atuais, divulgados no fim do primeiro semestre deste ano, pela CNP, mostram o registro de 63 casos confirmados do novo coronavírus e dois padres falecidos em decorrência de complicações da doença.

Somente na Grande Ilha, de acordo com a CNP, 12 padres foram infectados pela Covid-19, dois deles falecidos com a doença. Há o registro de religiosos diocesanos contaminados por esse tipo de enfermidade nas cidades do interior do Maranhão. Entre elas, Balsas, dois casos; Brejo, 5; Carolina, 4; Caxias, 3; Coroatá, 8; Grajaú, 5; Imperatriz, 8; Pinheiro, 8; Viana 4; e Zé Doca, 4 casos.

Francildo Guimarães, de 37 anos, foi um dos padres acometidos pelo novo coronavírus. O religioso é pároco da Igreja de São João Batista, em Açailândia, e em julho do ano passado contraiu a doença. Ele ficou internado em um hospital particular, na cidade de Imperatriz, acompanhado pelo bispo diocesano, dom Vilson Basso, e pelo vigário-geral da Diocese, padre Eliezer César de Paiva.

Óbitos
João Dias Rezende Filho, de 39 anos, foi um dos padres que morreu em decorrência do novo coronavírus, no Maranhão. A Arquidiocese de São Luís informou que o presbítero do clero foi acometido pela Covid-19 no final do mês de março deste ano e ficou internado no Hospital Universitário (HU-UFMA), no Centro, onde veio a falecer no dia 6 de maio deste ano.

O corpo do padre foi sepultado, no dia seguinte, no Cemitério do Gavião, no bairro Madre Deus, apenas com a presença de familiares e alguns religiosos. Ele era pároco da Paróquia Nossa Senhora da Luz, localizada na cidade de Paço do Lumiar, desde 21 de março do ano passado e, por seis anos, esteve à frente da coordenação religiosa da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, na Vila São Luís.

O padre José Bráulio Sousa Ayres, de 66 anos, também faleceu devido a complicações da Covid-19, no dia 18 de maio do ano passado. Muito conhecido e querido na capital maranhense, o religioso nasceu em Penalva e foi ordenado sacerdote em 6 de dezembro de 1981. Quando foi acometido pela doença, exercia a função de pároco na Paróquia Santíssima Trindade, localizada na Cidade Olímpica.

A Arquidiocese de São Luís confirmou que já houve casos de padres infectados pela Covid-19 no estado. Os pacientes estão sendo isolados e acompanhados por profissionais da área de saúde e se recuperando.

Missa presencial
Desde junho do ano passado, o Governo do Maranhão, por meio da Casa Civil, autorizou a reabertura das igrejas no estado, seguindo as normas sanitárias, principalmente, obedecendo o distanciamento social, o uso do álcool em gel e da máscara no rosto para evitar a proliferação da Covid-19.

Religiosos infectados por Covid-19 no Maranhão

  • Balsas 2
  • Brejo 5
  • Carolina 4
  • Caxias 3
  • Coroatá 8
  • Grajaú 5
  • Imperatriz 8
  • Pinheiro 8
  • São Luís 12 (dois óbitos)
  • Viana 4
  • Zé Doca 4
SAIBA MAIS

A Comissão Regional Pastoral para Ação Sociotransformadora da CNBB NE2 promoveu, no último dia 7, uma missa em memória das vítimas da Covid-19. A celebração foi na Capela Bom Pastor, na sede do regional, no Recife, em Pernambuco, com transmissão pelo YouTube da Pastoral Social NE2. A liturgia foi presidida pelo bispo auxiliar da arquidiocese de Olinda e Recife e presidente da Comissão para Ação Sociotransformadora, dom Limacêdo Antonio da Silva. O momento religioso pediu mais vacinas, a defesa do SUS e a ampliação do auxílio emergencial, além de reforçar a ação emergencial “É tempo de cuidar”.

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