Observação

Especialistas alertam sobre ansiedade nas crianças

Sinais se apresentam fisicamente como dor de cabeça, dor de barriga, choro, falta de apetite ou insônia; as mudanças na rotina causadas pela pandemia da Covid-19 colaboraram para a incidência desses episódios

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16
Crianças dão sinais físicos de ansiedade
Crianças dão sinais físicos de ansiedade (ansiedade)

São Paulo - A crise de ansiedade em crianças tem sinais diferentes dos episódios que acometem os adultos. Nelas, os sintomas são somáticos, isto é, se apresentam fisicamente. Alguns indícios são: dor de cabeça, dor de barriga, episódios de choro intenso e mudanças nos hábitos de comer e dormir. Já nos mais velhos, a preocupação em excesso com o futuro pode ser bastante frequente acompanhado de sinais como a síndrome das pernas inquietas. De acordo com especialistas do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), as mudanças na rotina causadas pela pandemia da Covid-19 colaboraram para a incidência desses episódios.

Segundo a psiquiatra infantil do HSPE Mariana Milan, quando crianças começam a sofrer de crises de ansiedade, algumas técnicas simples podem ser utilizadas para melhorar a inquietação. "Exercícios de respiração ajudam no processo de acalmar a criança. Dizer a ela que a compreende e demonstrar que está segura pode amenizar os episódios de angústia", aconselha a médica. De acordo com a psiquiatra, em alguns casos os episódios de crise de choro podem durar de 10 a 30 minutos.

Ensino remoto
A especialista reitera que a volta ao ensino a distância em consequência do agravamento da crise sanitária pode influenciar também em novas crises. "Elas [as crianças] estão longe de suas escolas e amigos, o que impacta no emocional. Faz falta para o desenvolvimento psicossocial da criança esse contato entre os coleguinhas", adiciona a psiquiatra.

Episódios de ansiedade recorrentes devem ser acompanhados e tratados por profissionais da saúde mental como psicólogos ou psiquiatras. A negligência dessas crises pode ter consequências futuras na saúde psicológica e na qualidade de vida da criança, que levam ao desenvolvimento de distúrbios de humor e comportamento.

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