Covid-19

Ocupação de leitos de UTI chega a 100% na rede municipal de SL

No total, são 120 leitos disponibilizados pela Semus para a capital maranhense, sendo 90 leitos clínicos e mais 30 leitos de UTI; em relação aos hospitais privados, São Luís taxa de ocupação apresenta queda

Bárbara Lauria / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16
Município não dispõe de leitos de UTI para casos de covid, no momento
Município não dispõe de leitos de UTI para casos de covid, no momento

São Luís – O boletim epidemiológico divulgado na noite da última quarta-feira, 14, apresentou ocupação total dos leitos de UTI, da rede municipal. destinados a pacientes com Covid-19. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (Semus), todos os 30 leitos da Unidade de Terapia Intensiva foram ocupados, enquanto os leitos de enfermaria apresentam uma taxa de 54,5% da ocupação.

Em nota, a Semus informou que está em contato direto com a Superintendência de Rede, responsável pelo fluxo de leitos relativos à Covid-19 e de outras demandas na capital, além de estar em alinhamento constante com outras superintendências, direções de unidades e com os governos estadual e federal para definir estratégias que objetivam ampliar o combate ao coronavírus, dentre elas, a expansão de leitos.

A secretaria também ressaltou que colocou em prática várias medidas do Plano Municipal de Enfrentamento à Covid-19, como a implantação de leitos no Hospital da Mulher, na Unidade Mista do Bequimão e no Hospital Universitário.

No total, a Prefeitura de São Luís disponibiliza 120 novos leitos exclusivos para pacientes com a Covid, sendo 90 leitos clínicos e mais 30 leitos de UTI. A medida faz parte do Plano Municipal de Enfrentamento às Síndromes Gripais, que inclui ainda cinco unidades de baixa complexidade para atendimento aos casos leves, unidades para atendimento aos casos moderados e graves, além de um ambulatório de atendimento pós-Covid para tratar as possíveis sequelas da doença.

A Unidade Mista do Bequimão, também funciona como Ambulatório Pós-Covid, e os centros de Saúde, localizados na Avenida dos Africanos, Cidade Operária, Itaqui-Bacanga e zona rural, são unidades de suporte à pacientes com síndromes gripais.

Hospitais privados
Na última semana (8), o Grupo de Modelagem Covid-19 da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) identificou uma pequena melhora da situação em hospitais privados, em que cerca de 100% estão sem filas de espera e começando a possuir leitos de enfermarias disponíveis.

De acordo com os dados divulgados na última quarta-feira, 14, apesar da ocupação total dos leitos de UTI do Hospital São Domingos, os leitos de enfermaria passaram para uma taxa de 36,3% de ocupação. Já no Hospital UDI, a ocupação é de 90% na UTI e 65% na enfermaria, e sem pessoas na fila de espera para Unidade de terapia intensiva.

Na Hapvida, de acordo com os dados disponibilizados, entre os dias 10 e 14 de abril, a rede não precisou realizar nenhuma internação de pacientes com covid. Ao todo, desde o início da pandemia, a rede já registrou 577 altas de pacientes, tanto confirmados quanto com suspeitas.

Rede Estadual na Ilha
Quanto aos leitos da rede estadual, a Grande Ilha ainda apresenta taxa de ocupação acima de 80% nos leitos de UTI. Segundo o boletim do dia 14, 88,19% dos leitos de UTI destinados a região metropolitana de São Luís estão ocupados, enquanto os leitos de enfermaria estão apresentando uma taxa de 78,27%.

Recentemente, no início do mês (1º), foi iniciado o funcionamento, em São Luís, de um novo Hospital de Campanha, localizado no Espaço Renascença. A unidade de saúde foi inaugurada no dia 31 de março pelo governador Flávio Dino, e possui 80 leitos destinados a pacientes com Covid-19.

SAIBA MAIS

[e-s001]Vacinação

De acordo com o epidemiologista Antônio Augusto Moura, há possibilidade de a vacinação impactar positivamente na gravidade dos casos em pessoas idosas. “É possível que já tenha havido uma redução da gravidade dos casos nos idosos, isto está sendo investigado em vários estudos, mas não temos muitos dados ainda”, contou.

Segundo a Semus, atualmente a cidade de São Luís está com a cobertura vacinal dos grupos-alvos da campanha acima de 80%. A vacinação é fundamental para a redução dos casos da doença, minimizando o número de internações e de óbitos.

Contudo, em relação ao cenário estadual, a vacinação é mais um aspecto que, segundo o epidemiologista, ainda está muito lenta. Até o momento a primeira dose foi aplicada em 8,84% da população, enquanto a segunda dose foi aplicada em apenas 2,52% dos maranhenses. De acordo com o epidemiologista, o ideal para conter a propagação do vírus é a imunização de 70 a 80%.

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