Contaminação

Covid-19 já matou mais de 550 médicos no país, revela CFM

Por conta dessa situação, o Conselho Federal de Medicina está pedindo ao Ministério da Saúde garantia de vacina para os médicos; a entidade estima que a taxa de mortalidade na população médica seja quase 10% maior do que na população geral

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17
Mauro Ribeiro faz apelo aos Ministério da Saúde para vacinação dos médicos
Mauro Ribeiro faz apelo aos Ministério da Saúde para vacinação dos médicos (Mauro Ribeiro faz apelo aos Ministério da Saúde para vacinação dos médicos)

BRASÍLIA - Mais de 550 médicos morreram no Brasil em decorrência da contaminação pelo novo coronavírus, até o momento. Com este dado, o Conselho Federal de Medicina (CFM) estima que a taxa de mortalidade na população médica seja quase 10% maior do que na população geral. A partir desta e outras constatações, a autarquia reivindicou ao Ministério da Saúde que sejam garantidas vacinas contra Covid-19 para os mais de 500 mil médicos brasileiros.

"Com este pleito, o CFM chama a atenção para uma questão estruturante no enfrentamento da pandemia, cuja solução fortalecerá os esforços para oferecer diagnósticos e cuidados para todos os brasileiros", afirma o presidente Mauro Ribeiro, em mensagem destinada ao ministro de Estado da Saúde, Eduardo Pazuello. Na oportunidade, Ribeiro colocou à disposição das autoridades sanitárias as unidades físicas dos Conselhos Regionais de Medicina por todo o pPaís para amparar a ação de imunização da classe.

Para o CFM, independentemente do local de atuação - hospitais, clínicas, ambulatórios, laboratórios e outros locais -, todos os médicos registrados nos Conselhos de Medicina atendem a milhões de brasileiros adoecidos pela Covid-19 ou portadores assintomáticos da doença, "sendo imprescindível que estejam devidamente amparados no plano de priorização".

Dificuldades

Desde o início do processo de vacinação, o CFM tem recebido manifestações de médicos e de entidades médicas que acusam a dificuldade de acesso à vacina, apesar de o Programa Nacional de Imunização (PNI) ter incluído esses profissionais e os de outras categorias da saúde entre os grupos prioritários para receber as doses.

Os médicos relatam que autoridades municipais e estaduais têm priorizado apenas aqueles que atuam em determinados serviços, onde há atendimento de casos de Covid -19. Além disso, com a grande maioria da população brasileira ainda suscetível à infecção pelo vírus, os Conselhos de Medicina defendem que é prioritária a manutenção do funcionamento e da força de trabalho dos serviços de saúde e, portanto, a inclusão de todos os médicos nos grupos de maior risco para agravamento e óbito.

Força

A vacinação da totalidade de população médica, pondera a autarquia, deixa uma força de trabalho reserva preparada para assumir os postos na linha de frente do atendimento da covid-19, quando for necessário. Além disso, reduz as chances de adoecimento desses profissionais por conta dessa doença, o que permite o melhor funcionamento dos serviços de saúde que atendem pacientes com outros transtornos.

"Ao minimizar a letalidade e o adoecimento dos médicos, de uma forma em geral, a vacinação desses profissionais fortalece o sistema de contenção do coronavírus, evitando a rotatividade e as licenças, o que contribui para manutenção dos serviços de saúde em sua totalidade, com a realização de consultas, exames e procedimentos para pacientes de todos os tipos de doenças", destacou o presidente do CFM.

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