São Luís – O Picap – que funciona como um aplicativo de corridas para motos – registrou um aumento de 80% nas suas corridas em São Luís, levando em consideração os últimos meses de 2020, a partir de setembro. No entanto, o Sindicato de Mototaxistas de São Luís (Sindimoto-SL) não verificou crescimento, apenas regularização do número de corridas. Um segmento que cresceu em São Luís nesse período, foi o de motoboys ou entregadores de aplicativo.
O Estado buscou o Sindimoto-SL para entender e questionar se o aumento também foi verificado no segmento de mototaxistas. Segundo o presidente do sindicato, Luís Gonçalo, a situação apenas voltou “ao normal” para essa categoria, já que durante outros meses da pandemia os mototaxistas pararam em 100%, como no lockdown, que ocorreu no mês de maio. Foi somente em agosto que a situação começou a melhorar.
Sendo assim, o que foi observado, é que o segmento de transporte de passageiros cresceu no digital, como mostrou a pesquisa da Startup, mas os mototaxistas de sempre, apenas seguiram com sua demanda habitual.
De volta à rotina
O mototaxista Jailson Pires, de 36 anos, trabalha há 18 anos na profissão. Seu ponto de trabalho é no Terminal Rodoviário de São Luís e contou que os primeiros meses da pandemia foram difíceis. “Quase zero de clientes”, ressaltou.
“Na verdade, acredito que normalizou em agosto, aí a quantidade de corrida voltou ao que era antes. E agora até melhorou, pelo final de ano”, completou o mototaxista.
Jailson Pires também relembra a importância dos cuidados de higiene. Ele higieniza o capacete com álcool 70%, e sempre faz o uso da máscara. Ao que parece, ele nunca teve Covid-19. “Medo sim…Mas, graças a Deus, nunca senti nada”, disse.
Motoboys e entregadores
Antônio da Silva faz parte de uma cooperativa de motoboys, segundo ele, houve um aumento significativo no número de novos entregadores na cidade, além daqueles de aplicativo.
“Tenho a consciência de que aumentou, só não sei dizer quanto por cento. O aumento foi muito grande, porque tudo fechou na pandemia, muitas pessoas perderam serviço, e se a pessoa tinha uma moto, está utilizando até hoje para fazer delivery”, comentou.
Ele também frisou os cuidados tomados para minimizar a contaminação do novo coronavírus. “Nós temos pessoalmente o álcool em gel, e no balcão dos restaurantes temos também, além do uso de máscaras”, afirmou ele.
A motoentregadora Jorcileide Silva ingressou na profissão durante o período de lockdown. Antes, ela trabalhava em uma lanchonete, mas com a paralisação das atividades, acabou ficando sem oportunidade de emprego. Foi quando decidiu entrar para uma cooperativa de motoentregadores.
“Eu confesso que não imaginava trabalhar como motoentregadora, assim de repente. Eu me vi desempregada, pois trabalhava numa lanchonete, mas foi uma oportunidade de sustentar minha família”, contou.
Para ela, entrar no ramo foi uma das melhores coisas que fez. “Eu estou gostando muito. Não troco por outro trabalho…Acho que enfim me encontrei no mercado”, pontuou.
Jorcileide Silva respondeu às perguntas no intervalo entre uma corrida e outra de entregas para o aplicativo de comida. O aumento no número de profissionais também foi notado por ela. E o principal motivo foi o desemprego gerado pela pandemia.
SAIBA MAIS
Medidas de prevenção para mototaxistas e entregadores
- Lavar as mãos
- Usar Álcool 70% para higienizar mãos
- Tossir ou espirrar usando o cotovelo como proteção
- Evitar tocar olhos e bocas antes de lavar aos mãos
- Higienizar capacetes e assentos entre corridas
- Ficar em casa em decorrência de algum sintoma
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