COLUNA SOCIAL

Nossa Artista S.A.

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
Nem mesmo o baixo astral da pandemia tirou Luciana Simões de cena. A cantora entregou vários projetos e, nesta terça, está entre as indicadas para o Women's Music Event (TNT) na categoria Empreendedora Musical
Nem mesmo o baixo astral da pandemia tirou Luciana Simões de cena. A cantora entregou vários projetos e, nesta terça, está entre as indicadas para o Women's Music Event (TNT) na categoria Empreendedora Musical
Nessas fotos para Lucas Fonseca, feita para marcar os 408 anos de São Luís, Luciana Simões foi produzida pela filha Chiara
Nessas fotos para Lucas Fonseca, feita para marcar os 408 anos de São Luís, Luciana Simões foi produzida pela filha Chiara

Em um ano dificílimo para a cultura, em que a classe artística não só se viu sem boa parte de suas fontes de renda, como sem investimentos da iniciativa privada e apoios governamentais, coube aos artistas uma parcela extra de criatividade para continuarem a produzir - e, em alguns casos, até mesmo para sobreviver.

Para Luciana Simões, não foi diferente. O impacto para ela, inclusive, se estendeu ao sempre aguardadíssimo Festival BR 135, que a cantora e parceiro (de música e vida) Alê Muniz produzem no início de dezembro. Ainda assim, Lu, como é conhecida pela legião de admiradores, arregaçou a saia e se movimentou o quanto e como pôde.

Desde o início da pandemia, "La" Simões se aproveitou como ninguém das plataformas digitais para manter seu canto vivo - através de lives - e partilhar de toda a expertise que acumula como produtora musical e de eventos - fosse em rodas de conversas, entrevistas e eventos culturais.

Na impossibilidade óbvia de seu festival - que promove um intercâmbio do melhor da música independente brasileira com atrações tradicionais e nomes promissores maranhenses -, Luciana, junto de Alê, saiu com o "Conecta Música".

O projeto, uma espécie de braço do BR 135, funciona como uma incubadora de novos talentos. Através de uma seletiva realizada pela internet, seis artistas foram selecionados para um trabalho de aceleração da carreira. Com direito à gravação de um single em estúdio, com registro audiovisual e sessão de fotos para todos. As produções estão em plena execução.

Foram escolhidos Afrôs, Butantan, Hugo Gugs, Regiane Araújo, The Caldo de Cana e Pantera Bl4cks. Todos, frise-se, nomes que têm tudo para estourar. Aliás, o faro de Luciana para novos talentos é mais uma de suas credenciais. Tanto que ela também atua como curadora de festivais Brasil afora.

O lado empresária da cantora a levou como indicada para o prêmio Women's Music Event, na categoria Empreendedora Musical. O evento, que será transmitido nesta terça, 08, pelo canal TNT Brasil, é o primeiro da América Latina a premiar exclusivamente mulheres. Nossa Marrom Alcione, inclusive, é uma das homenageadas especiais.

Nos dias 10 e 11, ela estará entre as convidadas da Feira Internacional de Música do Sul, que acontece em Curitiba. Luciana vai compor a mesa redonda "Pensando o Novo Normal do Mercado Musical". Mais a cara dela, impossível.

Como uma verdadeira Xerazade da música, Lu ainda tem entre as mil e uma habilidades a faceta como DJ. É onde personifica a personagem Lulu Del FUego, uma latina cheia de chilli.

Inclusive, para quem quiser experimentar de sua pimenta de ritmos, ela estará na Entre Nós (no Península Mall) neste sábado (05) para o lançamento da primeira coleção da grife Desaguar - das gêmeas Patrícia e Natália Bello.

Para as fotos que ilustram a coluna, assinadas pelo prodígio Lucas Fonseca, Luciana foi produzida pela filha Chiara. O ensaio aliás, é lindo. E forte. Assim como nossa Cantora S.A.

NA PONTA DO LÁPIS

Pode parecer absurdo o que eu vou confessar, mas o simples fato de me colocar diante do computador para escrever qualquer linha que exija um pouco mais de subjetividade me deixa em pânico.

"Você não faz uma coluna no jornal?", você pode se perguntar. Sim, tô nessa há quase 11 anos já. Mas quando se trata de um texto, eu diria, mais autoral,
simplesmente travo. Se for pra dar pitaco em alguma frivolidade, não. Tiro de letra. Agora, transformar sentimentos em palavras...

Isso é algo tão perturbador, que eu já levei até para a terapia. Foi numa dessas que descobri que sou "cognitivo demais". O que quer dizer, num resumo bem
tosco, que eu percebo tudo muito pelo lado do raciocínio e pouco pelo das emoções. (Que a minha terapeuta não me leia.)

Não que isso seja a razão desse meu, digamos, bloqueio textual. Mas não deixa de dar uma desanuviada nas coisas. Quem coloca o que pensa na frente do
que sente - isso, dentro do processo mental - certamente tem dificuldade em expressar suas sensações. Ou, como é o meu caso, elabora tanto que acaba não fluindo como deveria.

Ei, mas não foi Buda quem disse que "com nossos pensamentos, fazemos nosso mundo"? Será se o que eu tenho, então, é uma inabilidade de perceber meu
próprio eu? Eita! Acho que divaguei demais agora...

O interessante disso é que, na conversa de eu ser "cognitivo demais", fui orientado a fazer atividades sensoriais que me dessem prazer. Diz que ajuda a
liberar nossas percepções emocionais. A primeira coisa que me veio à cabeça foi dançar. Adoro! Sou daqueles que não pode ver uma pista de dança. Se
eu não me controlar, saio dançando até no meio da academia com essas playlists de treino.

Mas foi aí que me dei conta do quanto eu sou atropelado pelo rolo compressor da rotina. Quase não danço no decorrer da semana. Ainda que mais em
casa nesses últimos meses (todo mundo sabe o porquê), meus dias se resumem num senta-elevanta e levanta-e-senta na frente do computador. Quando
não, estirado em algum canto preso à tela do smartphone.

Desde então, volta e meia tenho dado uns sacolejos, tipo quem toma antibiótico de tantas em tantas horas. Se vai surtir efeito, eu não sei. Mas pelo menos o
primeiro efeito colateral está aqui. Ufa!. Pela primeira vez, um que saiu de primeira.

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