Pergentino Holanda

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18

O samba carioca do Frazão

Quem está circulando em São Luís é Murilo Albuquerque, após ganhar duas músicas feitas em sua homenagem pelo compositor maranhense Carlos Frazão, que é um dos integrantes da banda do bloco “Que Merda é Essa”? – Uma dos mais animadas da Zona Sul do Carnaval carioca. Murilo foi ontem assinar o ponto na Praia do Meio, para saborear os deliciosos quitutes – a exemplo da “torta de caranguejo” – preparados no Bar do Nonato, que é um dos mais tradicionais daquela praia.

SEMPRE LINDA, a top model maranhense Isabelle Cutrim exibindo seu corpo escultural nas águas do mar Mediterrâneo, no litoral italiano
SEMPRE LINDA, a top model maranhense Isabelle Cutrim exibindo seu corpo escultural nas águas do mar Mediterrâneo, no litoral italiano

Campanha atípica
2020 está definitivamente na história do Brasil como um marco. A Covid-19 fez a diferença, vá lá. E os marqueteiros até se animaram. Sem comícios e nem caminhadas, era a vez deles.
Erro de cálculo: no comecinho alguns que perscrutaram potenciais clientes ouviram a resposta inesperada: ‘Já tenho lá um menino que faz isso’.
E os meninos que fazem isso soltaram o veneno. O resultado foi uma campanha, nos quatro cantos do Brasil, turbinadas pelas redes sociais com tudo o que se podia, de fakes news a pesquisas inexistentes, o apogeu da baixaria, o que gerou um turbilhão de processos judiciais, num volume nunca visto antes.
Resultados eleitorais à parte, convém lembrar: é o primeiro ano em que está valendo a Lei de Denunciação Caluniosa com fins eleitorais, que prevê pena de até oito anos para os condenados.
Noutras palavras, 2020 ainda vai demorar muito para acabar.

Médicos e eleição
O número de médicos eleitos neste ano, na eleição que ocorreu em plena pandemia, caiu 19,4% em relação à última eleição municipal, em 2016, revelam dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Foram 850 eleitos no último pleito. Agora, foram 685.
O total de eleitos com profissões da área da saúde se manteve praticamente estável apesar do aumento de 15% na quantidade de candidatos com essas ocupações em comparação com 2016.
A queda no total de médicos eleitos foi compensada por um aumento de eleitos em funções como enfermeiro, técnico em enfermagem e fisioterapeuta.

Médicos e eleição 2
Entre as ocupações da área de saúde, os enfermeiros passaram a ter o maior número de eleitos. Foram 693 candidatos vencedores, uma alta de 12,5% em relação aos 616 da última eleição.
Técnicos em enfermagem registraram crescimento similar. Passaram de 334 para 379 no período, aumento de 13,5%.
A propósito: houve uma diferença no perfil dos cargos vencidos pelos profissionais de saúde. Enquanto 35% dos médicos se elegeram prefeitos, apenas 5% dos enfermeiros e 1% dos técnicos de enfermagem conseguiram a mesma função.
O padrão se repete nas outras ocupações, com a grande maioria sendo eleita para vereador.

Economia
Atento observador conta que na Assembleia Legislativa do Estado, foi dado um balanço da economia com o fechamento da Casa durante a pandemia, de março para cá.
Entre o que se poupou de água, luz, diárias e principalmente o restaurante, a despesa maior, totaliza algo acima de R$ 50 milhões.
Mesmo que volte ainda este ano, já está decidido que o restaurante, um ponto de alta aglomeração, vai permanecer fechado.

TRIVIAL VARIADO

A cada dois anos, somos desafiados a planejar uma cobertura eleitoral que esteja inserida no contexto em que estamos vivendo e, principalmente, tenha relevância e interesse para o público.

Em 2018, quando foram eleitos presidente, governadores, senadores e deputados, o país enfrentava o auge de uma polarização extremada, com sentimento de rejeição e de renovação muito fortes.

Temas como corrupção e fake news se faziam presentes. E neste ano, tanto no primeiro turno, quando vereadores e a maioria dos prefeitos foram eleitos, quanto no domingo de segundo turno, a pandemia foi o pano de fundo.

Mesmo com os rigorosos e necessários protocolos, a Redação do Grupo Mirante, incluindo TV, emissoras de rádio e o jornal O Estado entregou os conteúdos que havia planejado. Todos os candidatos à prefeitura de São Luís foram entrevistados, com amplo espaço para exporem suas ideias.

Uma coisa é certa: ao focar nos problemas das cidades e nos currículos, propostas e promessas dos candidatos, esperamos ter cumprido com a nossa missão de informar e dar subsídios aos nossos leitores para que escolhessem com convicção seus vereadores e prefeitos.

A capital argentina anunciou que o turismo será aberto a partir do dia 15 de dezembro para turistas de Chile, Brasil, Bolívia e Paraguai, exclusivamente por via aérea. Já os uruguaios poderão chegar também por via fluvial.

Tem mais: para entrar no país, é preciso que o turista brasileiro faça uma declaração online, realize 72 horas antes da viagem um teste de covid-19 e, ao chegar no aeroporto de Ezeiza, faça outro teste, ao custo de 2.500 pesos (em torno de R$ 170).

Ainda: o viajante poderá seguir para o local onde ficará hospedado, e o resultado do exame será informado em até 12 horas. Se você está pensando em comprar uma passagem para passar o fim de ano por lá, nossa sugestão é esperar. Assim como no Brasil, a pandemia ainda não está controlada na Argentina, e essas regras podem mudar a qualquer momento.

A Civid-19 levou no fim de semana mais um grande amigo: o médico Eduardo “Peninha”, que conheci ainda criança no Pensionato de Dona Joana Bílio, na Rua dos Afogados. Era um grande profissional e uma figura humana de referência.

Hoje é dia de festejar a nova idade de duas grandes amigas: Ana Elvira, que forma um charmoso casal com o cardiologista José Benedito Buhatem, e Virna Fecury, que vive um tórrido romance com João Blue.

Os livros Em Busca de Vultos Perdidos, deste Repórter PH, e PH – Ícone e Grife da Sociedade, de Thiago Bastos, terão lançamento oficial na Livraria AMEI, no São Luís Shopping, com noite de autógrafos no próximo dia 7 de dezembro, que cai numa segunda-feira, a partir das 18h.

DE RELANCE

Nome para substituir Guedes
Pandemia, atraso nas reformas, paralisia nas privatizações e ineficácia estatal estão entre os motivos que empurraram o Brasil para a beira do abismo das contas públicas. O rombo é gigantesco e seus efeitos, inevitáveis. Nesse contexto, o ministro Paulo Guedes dá a cada dia mais sinais de que seu ciclo está chegando ao fim. Há quem credite a permanência de Guedes à dificuldade de encontrar um substituto que acalme o mercado. Pois ele está mais perto do que parece.

Nome para substituir Guedes 2
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, se afirma como uma das vozes mais lúcidas de Brasília. Liberal convicto, consegue atravessar a difícil ponte entre o ideal da teoria e o possível imposto pela realidade. Seja em relação à pandemia ou às contas do governo, Campos pede passagem para protagonizar desafios maiores. E se além de Guedes, Jair Bolsonaro tiver a coragem de trocar também o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e o das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, aí sim o Planalto ganhará uma nova dose de oxigênio. E quando se fala em troca, refere-se a vozes mais moderadas. Elas existem. Só precisam ser ouvidas.

Uma Black Friday diferente
Diferentemente de outros anos, quando as lojas abriam de madrugada e pessoas chegavam a passar a noite na fila para aproveitar as promoções da Black Friday, na manhã da última sexta-feira a data foi marcada por pouco movimento. Com a pandemia de coronavírus e restrições no horário de funcionamento e no número de clientes, as lojas de São Luís tiveram poucas filas no início do dia. Para as entidades de lojistas de São Luís, o baixo movimento nas lojas confirma a previsão de que, com a pandemia, a Black Friday está se consolidando no digital. O Sindilojas também afirma que as vendas pela internet aumentaram bastante e que o movimento se diluiu em vários dias.

Maradona e as drogas
A comoção provocada pela morte de Maradona abre a oportunidade, mais uma vez, de falar sobre a relação da biografia do artista com a sua obra. Tanto na cultura erudita quanto na mais popular das manifestações, existe um traço em comum: a abundância de gênios e de ídolos com vidas pessoais destroçadas pelo álcool, pelas drogas, por relações conturbadas e, muitas vezes, violentas. A lista de pintores, cantores, atores, músicos e poetas é tão extensa que nem vale a pena me aprofundar nela.

Maradona e as drogas 2
Assim que Maradona morreu, a questão emergiu: é legítimo idolatrar um homem que, fora do campo – ou do palco –, abusou tanto das drogas, teve posições políticas marcantes, fez um gol ilegal com a mão e se meteu em tantas confusões? Minha resposta é sim, mesmo que, no caso de Maradona, o fato de ele ter sido um atleta dá outra dimensão, ainda mais dramática, à sua dependência química. Se a vida fora dos holofotes dos ídolos impedisse a celebração da sua obra, não ouviríamos boa parte das músicas que ouvimos, não leríamos alguns dos melhores livros já escritos e não nos emocionaríamos com uma fatia gigantesca dos mais belos quadros já pintados. A arte é maior que o artista. Quem gosta de futebol entende. Para quem não gosta, nem adianta tentar explicar.

A comovente matança de visons
A cena foi comovente. A primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, foi às lágrimas ao visitar uma fazenda de visons no seu país. Ao todo, mais de 15 milhões de animais foram sacrificados por medo de que pudessem transmitir uma mutação do coronavírus. A emoção diante da matança é humana e elogiável. Mas chegou com atraso.

A comovente matança de visons 2
Ou seja: deveria ter aflorado quando Frederiksen, provavelmente na adolescência ou ainda jovem adulta, descobriu a existência de milhões de visons engaiolados em seus país para, depois de mortos, mas não todos de uma vez, virarem casacos de pele natural, item absolutamente substituível por outras opções que protegem contra o frio. Todos os animais sacrificados iriam, mais cedo ou mais tarde, terminar em lojas e em guarda-roupas de famílias abastadas. Mas isso nunca incomodou. O desconfortável é quando, em vez de diluída, a dose se apresenta inteira. Realmente, é de chorar.

Para escrever na pedra:
“Eu perdi um grande amigo e o mundo perdeu uma lenda”. De Pelé, o Rei do futebol, sobre a morte de Diego Maradona.

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