Chuvas e Covid-19

Período chuvoso pode resultar em aumento de casos

Infectologista diz que intensidade de chuvas nesta época do ano favorece incidência de síndromes respiratórias, inclusive relacionadas ao novo coronavírus

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
(leitos covid)

São Luís - O período chuvoso em São Luís pode aumentar a incidência de síndromes respiratórias, incluindo o novo coronavírus. Segundo o infectologista Fabrício Silva Pessoa, não há estudo diretamente relacionado a essa doença que ateste esse impacto, mas todo o cuidado é pouco e a população precisa ficar em alerta.

“Neste período do ano, são muito comuns os quadros de infecções por vias respiratórias de uma forma geral, como é o caso da gripe, que prevalece, assim como várias outras. As medidas preventivas principais, além daquelas que já são conhecidas, são o uso contínuo da máscara, a higienização contínua das mãos com álcool em gel e o distanciamento social, além da necessidade de se evitar as aglomerações, algo que muita gente tem desrespeitado”, frisou o infectologista.

Por outro lado, vírus como H1N1, Influenza B e o vírus sincicial respiratório levam, também, à Síndrome Respiratória Aguda Grave e podem ser confundidos com Covid-19. Com o aumento da precipitação, haverá aumento da circulação desses vírus e muitos poderão ser interpretados como coronavírus. “Vírus como o da Covid-19, sem dúvida alguma, podem se disseminar com maior facilidade no período chuvoso, mas há vários outros com sintomas muito parecidos. O fato é que, neste período, o sistema imunológico das pessoas fica mais sensível, o que agrava bastante esses quadro”, disse.

Sazonalidade
A ciência já provou que a gripe (enfermidade diferente e menos grave que a Covid-2019), a despeito da semelhança nos sintomas iniciais, apresenta uma forte influência da sazonalidade com as trocas das estações e o pico de casos ocorrendo nos meses de chuva e a diminuição significativa dos casos no verão, em países de clima temperado. Ao passo que, em áreas tropicais, os casos se distribuem de forma semelhante ao longo do ano, com aumento nos períodos mais chuvosos.

Os vírus se proliferam mais no inverno, enquanto que bactérias tendem a crescer mais no verão. Mas não apenas a temperatura é estudada pelos cientistas. A umidade, também. Para muitos especialistas, a umidade relativa do ar seria mais importante que as condições de temperatura.

Os cientistas constataram que ela influencia em quanto tempo o vírus permanece no ar após chegar ao ambiente pela tosse ou um espirro. Os vírus resistem no ar mais sob ar seco e isso ajudaria a explicar o salto de casos de gripe nos meses de inverno em que as pessoas ficam dentro de prédios com calefação em que o ar é muito seco.

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