Pandemia

Quase 40% dos maranhenses já tem anticorpos contra a Covid-19

Segunda fase do inquérito sorológico aponta que 38,1% das pessoas que moram no Maranhão adquiriram anticorpos contra o novo coronavírus

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
Carlos Lula informou sobre os dados do segundo inquérito sorológico do Maranhão
Carlos Lula informou sobre os dados do segundo inquérito sorológico do Maranhão (Carlos Lula)

São Luís - A Secretaria de Estado da Saúde divulgou, ontem à tarde, durante entrevista à imprensa, os resultados da segunda fase do Inquérito Sorológico no Maranhão. O estudo, realizado em 70 municípios, apontou 38,1% de prevalência de anticorpos. Os resultados foram repassados pelo secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, que não descarta a possibilidade de uma segunda onda da Covid-19 no Maranhão, e informou que o Governo se prepara com estratégias de expansão da rede hospitalar, se houver necessidade.

Essa prevalência é semelhante à observada na primeira fase do inquérito, realizada entre 27 de julho a 8 de agosto de 2020, que estimou soroprevalência de 40,4%. Em São Luís, a prevalência foi de 41,4%. Já em Imperatriz, foi de 41,7%. Na primeira fase do inquérito, havia diferença entre os estratos: era maior nos municípios de médio porte. Os novos resultados apontam o crescimento da epidemia nos municípios de pequeno e grande porte em todo o estado.

Os resultados permitem afirmar que, em termos populacionais, a prevalência de anticorpos contra o vírus permanece em torno de 40%. Se houve queda no percentual de pessoas na população com anticorpos para o coronavírus, essa queda foi compensada com novas soroconversões. Conforme o estudo, também é possível que não tenha havido queda na prevalência de anticorpos contra o vírus e novas soroconversões tenham ocorrido dentro da margem de erro da estimativa.

Nesta segunda fase, a pesquisa, realizada de 19 a 30 de outubro de 2020, abrangeu 66 municípios. O estudo contou com a parceria da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e serviu para estimar as prevalências de anticorpos contra o novo coronavírus no Maranhão. As amostras coletadas foram analisadas pelo Laboratório Central do Maranhão. O resultado do estudo ajudará a definir as próximas medidas a serem adotadas pela gestão estadual.

A soroprevalência no Maranhão em outubro (38,1%) continua sendo maior do que as estimativas mais recentemente reportadas em outras áreas do Brasil: Fortaleza (14,2%) em junho, São Paulo (13,6%) em agosto, Sergipe (11,9%), em maio.

Entretanto, a soroprevalência encontrada no Maranhão é menor que algumas estimativas registradas em Manaus, Amazonas, com uma soroprevalência de 4,8% em abril, 44,2% em maio, atingindo um pico de 51,8% em junho, seguida de redução para 40,0% em julho e 30.1% em agosto. A tendência da soroprevalência, em Manaus, acompanhou de perto a curva de mortes cumulativas.

Prevenção
Carlos Lula chamou a atenção, no entanto, para a necessidade dos cuidados preventivos, principalmente no que diz respeito ao uso de máscaras e álcool em gel. Ele disse que metade da população não usa mais máscaras. E frisou a necessidade de a população continuar a adotar o distanciamento social. O secretário mostrou que quem usa transporte coletivo tem maior probabilidade de contrair o coronavírus, ou seja, em torno de 43%. “Não podemos descartar uma segunda onda, mas não sabemos se isso acontecerá ou não”, disse, acrescentando que o governo se prepara, apesar de tudo, com estratégias de expansão da rede hospitalar.

Atualmente, há obras de ampliação sendo executadas no Hospital Aquiles Lisboa, na capital, Hospital Macrorregional de Coroatá, Hospital Regional de Barreirinhas, Hospital Alarico Nunes Pacheco, em Timon, e no Hospital Macrorregional de Imperatriz.

Além destes, estão sendo executadas obras para abertura da primeira Policlínica de Açailândia, construção do Hospital de Pedreiras e segue em andamento com o Hospital da Ilha, que será a maior unidade para assistência aos pacientes de urgência e emergência do Maranhão.

O secretário falou ainda sobre a chegada do período chuvoso, quando normalmente dobra o número de casos por síndrome gripal. “Não queremos chegar em janeiro com todo mundo achando que está com Covid-19”, disse.

Carlos Lula aproveitou, também, para mencionar as eleições municipais, no que diz respeito a fiscalização. “Esse é um problema que o Brasil todo enfrenta. No Maranhão, sabemos que é impossível para a Secretaria de Estado da Saúde fiscalizar os 217 municípios sozinha”, frisou.

SAIBA MAIS

- O Hospital Dr. Genésio Rêgo passará por ampliação e será transformado no Hospital de Doenças Infectoparasitárias e sediará o primeiro Instituto Maranhense de Infectologia.

- A Secretaria de Estado da Saúde abriu recentemente as Policlínicas de Santa Inês e de Presidente Dutra. Inaugurou, também, o Hospital da Criança de Colinas e novos leitos nas maternidades Benedito Leite, de Alta Complexidade do Maranhão e Humberto Coutinho, esta última na cidade de Colinas.

- O Governo também entregou dois importantes hospitais para assistência de urgência nos municípios de Colinas e Alcântara, que passaram a ser administrados pelas prefeituras.

- No momento, a rede de gestão estadual possui 838 leitos exclusivos para Covid-19 e 2.603 leitos para atendimento às demais patologias. Com todas as obras finalizadas são estimados mais de 450 novos leitos nos hospitais de gestão da Secretaria.

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