IPCA/INPC

Inflação em São Luís no mês de outubro tem elevação de 1,10%

Em todas as 16 regiões pesquisadas pelo IBGE houve quadro inflacionário, sendo que a taxa de São Luís foi a terceira mais elevada

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
Arroz, com aumento de 12,64%, foi um dos itens que mais impactou no comportamento dos preços em São Luís
Arroz, com aumento de 12,64%, foi um dos itens que mais impactou no comportamento dos preços em São Luís (arroz)

São Luís - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro, em São Luís, registrou elevação de 1,10%. Portanto, houve uma aceleração no aumento de preços em relação ao mês anterior, setembro/2020, cujo aumento de preços tinha sido de 1,00%. Em agosto/2020, o aumento de preços tinha sido de 0,38%.

Em todas as 16 regiões pesquisadas pelo IBGE houve quadro inflacionário, sendo que a taxa de São Luís foi a terceira mais elevada, sendo superada pelas ocorrências no município de Rio Branco, 1,37%, e na região metropolitana (RM) de Belém, 1,18%. A menor taxa de aumento de preços, no mês de outubro, foi detectada na RM de Salvador, índice de 0,45%.

No acumulado do ano, tanto o IPCA de São Luís quanto o IPCA de Brasil continuam abaixo do centro da meta inflacionária definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 4% no ano de 2020, podendo variar 1,5 ponto percentual (p.p.) para cima ou 1,5 p.p. para baixo. Outrossim, nos dez primeiros meses do ano, tanto para São Luís quanto para Brasil, os números estão abaixo do piso da meta inflacionária (2,5%).

Quando se analisa os 12 últimos meses do ano, em função das últimas taxas mensais de aumento de preços ao consumidor, no caso do Brasil, está-se próximo do centro da meta, pois já se tem uma inflação acumulada de 3,92%. No caso de São Luís, foi ultrapassado o centro da meta, com uma taxa acumulada do IPCA na ordem de 5,02%.

Em São Luís, dos nove grupos de despesa pesquisados, apenas em um houve queda de preços em outubro na comparação com setembro. Foi o grupo habitação, -0,09%. Isso se deu, fundamentalmente, pela redução de preços no subitem energia elétrica residencial, -2,71%, tendo em vista diminuição da alíquota do PIS/Cofins ocorrida uma vez mais nas contas dos consumidores. Lembramos que energia elétrica residencial é o subitem, dentre mais de 200, o de maior peso nas despesas das famílias residentes em São Luís.

Portanto, qualquer variação de preços ou para mais ou para menos acaba por impactar na formação final do IPCA de São Luís. Essa queda de preços no subitem energia elétrica residencial compensou constatada elevação de preços detectada em subitens do item reparos, como tijolo, 8,94%, revestimento de piso e parede, 4,45%, telha, 7,44% e cimento, 4,14%, além do aumento no gás de botijão, 3,38%, terceiro mês consecutivo de elevação de preços desse último subitem.

O grupo de despesa em que se detectou aumento de preços e que, certamente, mais impactou no comportamento de alta de preços ao consumidor final de São Luís, foi alimentação e bebidas, que deu uma acelerada na ordem de 3,00%. No mês de setembro, o aumento foi de 2,77%.

Dos nove grupos de despesa, esse é aquele que tem maior peso no orçamento de gastos das famílias que residem em São Luís. De cada R$100,00 gastos no mês de outubro, R$24,13 foram gastos com subitens que constam nessa cesta de bens e serviços. Esclarecemos que esses números valem como média geral das famílias que auferem de 1 a 40 salários mínimos.

Agora, quanto menor a renda familiar, maior o gasto com subitens do grupo de despesa alimentação e bebidas, o que implica maior inflação para famílias que ganham menos quando há aumento de preços no referido grupo de despesa.

Depois do grupo de alimentação e bebidas, por ordem, os grupos que mais impactaram no comportamento final de preços ao consumidor em São Luís foram: transporte (0,74%, impacto de 0,13 p.p.), saúde e cuidados pessoais (0,82%, impacto de 0,11 p.p.), vestuário (0,84%, impacto de 0,05 p.p.) e artigos de residência (0,96%, impacto de 0,04 p.p.). Comunicação (0,38%, impacto de 0,02 p.p.), despesas pessoais (0,27%, impacto de 0,02 p.p.) e educação (0,16%, impacto de 0,01 p.p.) foram os outros grupos de despesa com aumento de preços no mês de outubro em São Luís.

No grupo de alimentação e bebidas, no mês de outubro, em São Luís, aumento de preços em importantes subitens da cesta de consumo das famílias foram determinantes para o comportamento final do IPCA: arroz, 12,64% (no mês de setembro, tinha ocorrido aumento de 8,65%), o item carnes, 5,88% (no mês anterior, 7,95%), tomate, 17,2% (no mês anterior, aumento de 2,40%), carne de porco, 7,92% (no mês anterior, 8,81%), óleo de soja, 13,19% (no mês anterior, 27,77%), frango inteiro, 2,42% (no mês anterior, 2,21%), o item frutas, 5,29% (no mês anterior tinha havido queda de preços de 1,83%) e pão francês, 1,86% (no mês anterior, aumento bem menor, 0,11%).

INPC de outubro variou 1,12% em São Luís

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), assim como ocorreu com o IPCA, apresentou aceleração de aumento de preços no mês de outubro, com taxa de 1,12% em São Luís, e de 0,89% para Brasil.

O acumulado do INPC, no ano (de janeiro a outubro de 2020), em São Luís, é de 2,38%. O acumulado para Brasil é de 2,95%. Em todas as 16 regiões de pesquisas do IBGE houve quadro de elevação de preços, sendo que o maior índice foi observado em Rio Branco, 1,47%, e o menor, na RM de Salvador, 0,46%. São Luís teve o segundo maior INPC dentre as 16 regiões de pesquisa do IBGE.

Em São Luís, houve alta de preços em todos os grupos de despesa, sendo que os maiores aumentos e seus respectivos impactos foram detectados para alimentação e bebidas, 2,72% (impacto de 0,69 p.p.; 61,6% do INPC foi causado pelo aumento de preços no referido grupo de despesa), artigos de residência, 0,95% (impacto de 0,05 p.p.), vestuário, 0,85% (impacto de 0,06 p.p.), saúde e cuidados pessoais, 0,84% (impacto de 0,11 p.p.), transporte, 0,77% (impacto de 0,12 p.p.) e habitação, 0,18% (impacto de 0,03 p.p.).

O INPC mede uma cesta de bens e serviços para famílias que auferem de 1 a 5 salários mínimos, sendo o chefe assalariado. É um índice de preços voltado a famílias de menor poder aquisitivo, pois a cesta de bens e serviços dele tem subitens mais essenciais e menos sofisticados que a cesta do IPCA.

Para o cálculo do INPC do mês de outubro/2020, foram comparados os preços coletados no período de 29 de setembro a 27 de outubro de 2020 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de agosto a 28 de setembro de 2020 (base).

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