Maranhão é o último em inovação na região Nordeste e somente o 23º no Brasil
Índice FIEC de Inovação dos Estados (2020) tem como propósito identificar os principais pontos relacionados à inovação, bem como mensurar o patamar em que os estados brasileiros se encontram
SÃO LUÍS - Entre os nove estados do Nordeste, o Maranhão ocupa a última colocação em inovação. No Brasil, é apenas 23º, segundo o Índice FIEC de Inovação dos Estados (2020), mostrando uma queda com relação ao ano anterior, quando estava em 22º lugar. O Índice tem como propósito identificar os principais pontos relacionados à inovação, bem como mensurar o patamar em que os estados brasileiros se encontram.
De acordo com o Índice FIEC de Inovação, os maiores entraves do Maranhão atualmente são Capital Humano (Graduação e Pós-Graduação; Produção Científica; e Inserção de Mestres e Doutores na Indústria). No primeiro, isto indica uma baixa quantidade de concluintes de ensino superior em áreas tecnológicas, além de indicar baixa quantidade de concluintes de Pós-Graduação em áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática. No segundo, indica uma baixa quantidade de artigos científicos nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática; e no terceiro, uma baixa quantidade de mestres e doutores ocupados na indústria em atividades de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC).
O Maranhão vai bem, porém, em Competitividade Global, sendo 10° do Brasil e 3° do Nordeste. Em termos regionais, pode ser considerado razoavelmente bem posicionado em Instituições e Investimento Público em Ciência e Tecnologia. Em todos estes pontos, encontra-se entre os quatro primeiros colocados do Nordeste.
O Índice oferece munição informacional para o desenvolvimento de políticas públicas que fomentem um ecossistema inovador no Brasil. Como os dados são desagregados em 10 indicadores e dois índices, a solução dos entraves fica mais direcionada.
Para isso, o Índice mensura aspectos variados do processo de inovação das 27 unidades federativas e cinco regiões do país em periodicidade anual. O Índice FIEC de Inovação dos Estados é calculado através de dois índices – Capacidades e Resultados – que avaliam o ambiente inovador (Capacidades) e medições da inovação em si (Resultados).
O Índice de Capacidades mede cinco elementos: Instituições, Investimento em Ciência e Tecnologia, Inserção de Mestres e Doutores na Indústria, Capital Humano (Graduação) e Capital Humano (Pós-Graduação). Já o Índice de Resultados avalia outros cinco aspectos: Propriedade Intelectual, Produção Científica, Intensidade Tecnológica, Infraestrutura da Inovação e Competitividade Global.
Mais
São Paulo
A segunda edição do Índice FIEC de Inovação dos Estados aponta São Paulo como o mais inovador do Brasil. O estado esteve em primeiro lugar nos indicadores de Instituições, Investimento em Ciência e Tecnologia, Infraestrutura e Competitividade Global. Ele ocupa a primeira posição no Índice de Capacidades e no Índice de Resultados por estar entre as cinco primeiras colocações em todos os indicadores.
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