Pergentino Holanda

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18

Show da virada cancelado

De uma coisa todo mundo já estava cansado de saber: que este ano o show da virada na Globo seria bem diferente. Então, será tão diferente que nem vai ter mais. No começo da semana, os artistas que iam participar do programa já foram avisados do cancelamento. É que a produção da emissora avaliou que, diante das tantas limitações, melhor esquecer e deixar para o ano que vem. Pensar em outra coisa. Compreensível.

DESTAQUE nas redes sociais nesta semana, o colunista de São Paulo e presidente da Associação Brasileira dos Colunistas Sociais, Ovadia Saadia, com uma colunista do Maranhão de cada lado: Orquidea Felix Santos, de São Luís, e Maria Leônia, de Imperatriz
DESTAQUE nas redes sociais nesta semana, o colunista de São Paulo e presidente da Associação Brasileira dos Colunistas Sociais, Ovadia Saadia, com uma colunista do Maranhão de cada lado: Orquidea Felix Santos, de São Luís, e Maria Leônia, de Imperatriz

Brasil nas trevas
Entre os habitantes de 20 países, os brasileiros são os que menos confiam nos cientistas. De acordo com o norte-americano Pew Research Center, 36% da população nacional não tem nenhum grau de confiança neles. Apenas 23% dos brasileiros manifestaram confiança absoluta e 36% se posicionaram na faixa do “algum grau de confiança”.
O país no qual a população mais confia nos profissionais da ciência é a Índia – 59%, totalmente.
Nos Estados Unidos, esse índice é de 38%, na Holanda, 47% e no Reino Unido, 42%.

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A média global ficou assim: 36% confiam totalmente, 40% em algum grau e 17% em nenhum.
O estudo detectou que, globalmente, os eleitores da direita tendem a ser mais críticos à ciência do que os de esquerda, mas não no Brasil, onde os percentuais são iguais.
O Brasil se destaca em outra resposta. Apenas 8% dos entrevistados no país consideram que os resultados das pesquisas científicas realizadas aqui são “os melhores do mundo ou estão acima da média”, o índice mais baixo entre os pesquisados.

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O estudo foi realizado entre 2019 e 2020. Analisando os resultados, seria um erro apontar os dedos apenas para os eleitores.
Os números nos permitem concluir que a ciência e os cientistas, no Brasil, ainda se comunicam muito mal com a sociedade mais ampla.
A quem interessar possa: a pesquisa completa (em inglês) está neste endereço: bit.ly/prc2020esteem

O Boticário e evento online
Na última quarta-feira, dia 23, o Boticário, que tem as irmãs Glícia e Glênia Gentil com franqueadas no Maranhão, fez o anúncio de uma tecnologia utilizada pela primeira vez no Brasil no segmento de perfumaria. Em parceria com a Givaudan, uma das principais casas de fragrâncias do mundo, a marca foi até à França em busca do Método Gestuologie®, que consiste na análise de mais de 200 reações não verbais do ser humano – sejam elas faciais, posturas, gestos e voz.

O Boticário e evento online 2
Para chegar ao resultado de Coffee Sense, nome dado à fragrância, o desenvolvimento contou com a colaboração de experts do segmento, como perfumistas e aromistas que incorporaram novas abordagens técnicas e criativas, proporcionando assim maior sensação de realidade e prazeres instintivos aos acordes da fragrância.

TRIVIAL VARIADO

A cada dia, crescem os casos de suspeitas em desvios dos milionários recursos que o Governo Federal destinou para que governadores e prefeitos adotassem medidas de combate ao coronavírus.

No assunto: as investigações que apuram desvios de recursos destinados à saúde começam agora, a chegar perto do governador João Doria e do prefeito da capital paulista, Bruno Covas.

Ao todo, no Estado de São Paulo, são 237 mandados de busca e 64 mandados de prisão temporária. O inquérito investiga suspeitos de pagar propina a agentes públicos para conseguir os contratos que, em geral, são superfaturados.

Tome nota: os crimes investigados são fraude em licitações, falsidade ideológica, peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A ação deve chegar a todos os estados, inclusive o Maranhão.

Em tempo: as investigações da Polícia Federal têm encontrado por todo o País detalhes escabrosos, que mostram a ousadia com que se avança nos recursos públicos. No Pará, onde as investigações apuram desvios em 12 contratos na área da saúde, no valor de R$ 1,2 bilhão, a Polícia Federal descobriu uma curiosidade.

Explico: na casa do ex-chefe da Casa Civil Parsifal de Jesus a Operação SOS, da PF, encontrou notas fiscais no valor de R$ 9,2 mil em roupas adquiridas para a primeira-dama, Daniela Barbalho, esposa do governador Helder Barbalho. O secretário da Saúde, o gaúcho Alberto Beltrame, pediu para deixar o cargo.

O almoço de ontem, no Rio Poty Hotel, foi uma festa em homenagem ao empresário José Walter Maciel. Quase duas dezenas de amigos prestigiaram o almoço da confraria. Sucesso total, para alegria do diretor do hotel, Armando Ferreira.

Você sabe o que é o Pix? Muitos correntistas de bancos estão se perguntando a mesma coisa. Essa nova modalidade de pagamentos instantâneos deve iniciar em novembro no Brasil e pretende facilitar muitas operações bancárias, substituindo o TED (Transferência Eletrônica Disponível) e o DOC (Documento de Ordem de Crédito).

Tem mais: o Pix é um sistema brasileiro de pagamentos instantâneos, criado pelo Banco Central, e vai funcionar 24 horas por dia, sete dias por semana. O Banco Central vai cobrar apenas um centavo para cada 10 transações no Pix.

No capítulo: o Pix é um sistema de pagamentos e transferências instantâneo. As movimentações acontecem em tempo real. Esse é seu grande diferencial: a agilidade. Com sua implementação, será possível fazer uma transferência bancária em segundos para qualquer banco, durante todos os dias do ano, 24 horas por dia.

Em tempo: as transações poderão ser feitas por meio de QR Code ou a partir da inserção de informações simples como número de celular, e-mail, CPF ou CNPJ. Assim como o Uber o PIX provocará maior competição no mercado de pagamentos, com a redução dos custos e melhoria na qualidade dos serviços.

Foi ontem, no final da tarde, o acontecimento literário mais esperado desta Primavera em São Luís: a noite de autógrafos de Fátima Travassos, que reuniu centenas de amigos para o lançando seu livro de poesias “Introspecção”, com prefácio do também poeta Daniel Blume.

DE RELANCE

Um livro por mês
Pego carona na deliciosa crônica de Nilson Souza fazendo a pergunta: Quantos livros você leu nesta quarentena ampliada e interminável? Se você respondeu cinco, empatamos – diz ele. E continua: Se você respondeu mais do que isso, considere-se alvo de minha amistosa inveja. Se você respondeu “livro, o que é isso?”, podemos encerrar a conversa por aqui mesmo e cada um segue para o seu lado. Mas se você respondeu “nenhum, por falta de tempo”, talvez valha a pena continuarmos conversando.

Um livro por mês 2
Prossegue Nilson: Sei que o home office enganou muita gente que imaginava ganhar tempo ao eliminar o deslocamento para o trabalho, fugindo do trânsito e daquela passadinha básica no supermercado ou no bar. Para alguns de nós, porém, o lar doce lar revelou-se uma montanha de Sísifo, com louça para lavar, comida para fazer, lixo para recolher, ajuda no tema dos filhos, videoconferência a qualquer hora, zap zap, feice, compras, telentrega, ufa!.... Antes uma pedra para empurrar lomba acima.

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Diz Nilson que ainda assim, falta de tempo para ler continua sendo uma desculpa pra lá de esfarrapada. Faça o teste da TAG e veja por si mesmo. A TAG é o clube de assinatura de livros que bolou uma interessante experiência para mostrar quantos minutos você precisa ler por dia para terminar o seu livro em um mês.

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Segui o exemplo de Nilson e fiz o mesmo: completei as 350 palavras em 108 segundos. Pegando como exemplo minha última leitura, História do Cerco de Lisboa, de José Saramago, que tem 319 páginas, precisarámos manter um ritmo de apenas 19 minutos por dia para chegar ao final. Quem não pode dedicar 20 minutos de seu dia para uma boa leitura? Nos quase sete meses de pandemia, daria para ler sete Saramagos como esse recém terminado.

Um livro por mês 5
Falta de tempo, decididamente, não parece ser uma boa desculpa. Mas, pensando bem, talvez seja esse mesmo o motivo da perda do hábito de leitura por 4,6 milhões de brasileiros nos últimos quatro anos, conforme a recém-divulgada pesquisa Retratos da Leitura no Brasil. Faltou-lhes tempo – e vontade, principalmente – para desgrudar os olhos e a atenção das redes sociais. Na internet também tem livros, sei disso. Só que a leitura de textos mais extensos é mais difícil, pois a cada segundo a pedra da atenção rola montanha abaixo.

Guedes trava a pedalada
Agora não é a oposição nem a imprensa que estão dizendo que não dá para usar dinheiro dos precatórios para financiar o programa social que parte do governo chama de Renda Cidadã e outra, de Renda Brasil. O ministro da Economia, Paulo Guedes, não usou a palavra “pedalada” na manifestação que fez anteontem para acalmar um mercado alarmado pelos sinais de que o governo flerta com a irresponsabilidade fiscal. Apenas reafirmou o compromisso com o teto de gastos e sepultou a ideia de empurrar para as calendas o pagamento de precatórios.

Guedes trava a pedalada 2
O ministro Paulo Guedes interrompeu uma apresentação de assessores sobre a geração de emprego em agosto para falar do programa. E disse que não se financia um programa social permanente com “puxadinho”. Guedes fez a manifestação um dia depois de o jurista Miguel Reale Júnior, um dos autores do pedido de impeachment de Dilma Rousseff, ter dito que adiar pagamento de precatórios para financiar o programa de renda básica seria, sim, uma pedalada. Com a declaração, Guedes freou a pedalada à moda Bolsonaro, mas não mencionou o uso de dinheiro do Fundeb.

Desserviço
Na tarde de ontem, no Aeroporto do Tirirical, alguém decidiu comprar um cafezinho enquanto esperava a chegada de um voo.
Pagou a atendente em dinheiro e teve a ingrata surpresa de vê-la passar ao preparo da bebida sem antes lavar as mãos ou higienizá-las com álcool gel.
– Você não vai lavar as mãos antes de me servir? - perguntou o cliente.
A mulher continuou o trabalho, sem responder.
– Quero meu dinheiro de volta.
– Você que sabe – respondeu a funcionária.

Para escrever na pedra:
“No caráter, na conduta, no estilo, em todas as coisas, a simplicidade é a suprema virtude”. De Henry Wadswort Longfellow.

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