SÃO PAULO- Mesmo em tempos difíceis como o que vivemos, não devemos esquecer de cultivar a autoestima, aceitar as limitações que a idade impõe e saber envelhecer, buscando alegria no convívio com familiares e amigos, estando conectado ao mundo. E, para isso, é fundamental mantermos uma boa audição. Entre todas as dificuldades que afetam a vida do idoso, a surdez pode isolar o indivíduo.
As células auditivas morrem com o passar do tempo por causa do desgaste natural do corpo. Além disso, hábitos ruins que nos acompanham ao longo da vida, como o de estar sempre em contato com sons altos e ambientes barulhentos, podem agravar a perda de audição. O processo é contínuo. Quanto mais essas células são perdidas, maior é a perda auditiva, acarretando várias dificuldades no dia a dia. Pesquisa realizada pelo site Heart-it comprova: pessoas que não escutam bem podem ter problemas de relacionamento preferindo o isolamento, o que pode levá-las à depressão e até à demência.
"Há uma forte resistência dos idosos em admitir a surdez. O convívio em família fica mais difícil. E entre casais, é um fardo pesado para o marido ou a esposa ter de conviver diariamente com alguém que finge simplesmente que a dificuldade de ouvir não existe. Por isso, abordar o problema e tentar convencer esses idosos a buscar tratamento é a melhor coisa a fazer. Uma das soluções é o uso de aparelhos auditivos, que traz melhoras significativas na comunicação e na qualidade de vida", afirma a fonoaudióloga Marcella Vidal, da Telex Soluções Auditivas.
De acordo com especialistas, a perda de audição começa a partir dos 40 anos. O processo é diferente em cada indivíduo, mas aproximadamente uma em cada dez pessoas nesta faixa etária já tem algum grau de dificuldade para ouvir. Depois dos 65 anos, a perda auditiva, conhecida como presbiacusia, tende a ser mais severa. Por isso, o melhor é procurar um médico otorrinolaringologista aos primeiros sinais de surdez.
"O uso diário do aparelho auditivo e o apoio da família são essenciais para que o idoso reduza a dependência e resgate a sua autoestima. Infelizmente, muitas vezes, quando se procura tratamento, o caso já ficou grave. A perda de audição é lenta e progressiva e, com o decorrer dos anos, se não for tratada, atinge um estágio mais avançado", explica Marcella Vidal, que é especialista em audiologia.
A maioria das pessoas começa a perder a audição quando há um declínio na sua capacidade de ouvir sons de alta frequência - uma conversação contém sons de alta frequência. Portanto, o primeiro sinal pode ser a dificuldade de ouvir o que as pessoas dizem para você. Cabe ao médico otorrinolaringologista examinar o paciente e ao fonoaudiólogo indicar qual tipo e modelo de aparelho é o mais indicado para cada caso.
"Cuidar da saúde auditiva é tão importante quanto cuidar do resto do corpo. E na área auditiva, a tecnologia cada vez mais avançada é uma grande aliada. Hoje, os modernos aparelhos digitais, bem pequenos, garantem uma boa audição , sem constrangimentos e facilitam, inclusive, a interação com o mundo virtual, por meio de conexão sem fios com laptops, celulares e outros eletrônicos, como os aparelhos Opn e Xceed, por exemplo", conclui a fonoaudióloga da Telex.
Sinais
Ouvir as pessoas falando como se elas estivessem sussurrando;
Não ouvir quando é chamado por uma pessoa que não está à sua frente ou que se encontra em outro cômodo;
Comunicar-se com dificuldade quando está em grupo ou em uma reunião;
Ficar embaraçado ao não entender o que outro diz pelo telefone;
Dificuldade em comunicar-se em ambientes ruidosos,;
Fazer uso de leitura labial durante uma conversa
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