Mercado

Reformas e Construções: busca por financiamentos é cada vez maior

Resultado, na pandemia, foi que a venda de materiais de construção aumentou em 42% no Brasil,

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
(reforma em casa)

BRASÍLIA - A recomendação de ficar em casa durante o período mais crítico da pandemia, fez com as pessoas enxergassem a necessidade de pequenas reformas em casa ou até mesmo realizar benfeitorias para melhorar o conforto do lar. Ao mesmo tempo, os trabalhadores que puderam exercer suas funções de forma remota também promoveram algumas obras para adaptar pequenos escritórios em casa. O resultado disso foi que a venda de materiais de construção aumentou em 42% no Brasil, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat).

E a tendência é que este crescimento das vendas de itens da construção seja mantido porque, com a retomada gradual da economia, os pequenos e médios empreendedores começam a se reinventar no mercado para enfrentar a crise. As pequenas reformas ou mudanças nos espaços onde trabalham ainda estão por vir.

O economista Roosevelt Silva tem observado o cenário e constata que, em virtude da crise que se instalou no Brasil por causa da pandemia, ainda há muitas pessoas e empresários fazendo os cálculos de quanto vão precisar investir para retornar ao mundo dos negócios.

“Novos negócios estão surgindo no mercado. Novas oportunidades, principalmente para pequenos e médios empreendedores que estão se adequando a uma nova realidade”, afirmou. “Muitos estão investindo em reformas visando conforto para clientes, da ampliação da loja. Também estão investindo em obras que melhore a qualidade de vida dentro de casa”, acrescentou Roosevelt, ao analisar a cadeia econômica que envolve a construção civil.

O economista constatou ainda que, em paralelo a venda de materiais para obras, tem crescido a procura por linhas de crédito para financiar reformas e construções. Isto porque um número significativo de brasileiros não dispõe de capital para investir nestes projetos. “Por isso buscam empréstimos em instituições financeiras para conseguir o dinheiro e começar as obras. E é justamente aí que está o perigo: crédito sem educação financeira pode virar uma dívida impossível de pagar”, frisou Roosevelt Silva.

A estratégia, nesse caso, é buscar uma orientação profissional e especializada antes de solicitar o crédito, a fim de verificar não somente o valor a ser negociado ou as parcelas, como também avaliando se a transação é um bom investimento - o que tem que ser. É o que o mercado chama de Educação Financeira, onde se aprende como usar o dinheiro que tem ou que vai se pedir emprestado.

Linha de crédito

Na prática, qualquer pessoa que tenha uma renda fixa ou que esteja a frente de um empreendimento promissor pode solicitar uma linha de crédito em instituições financeiras. Para isso, precisa estar com a documentação de identificação em situação regular, poder comprovar a renda e a moradia fixa. Quem for empreendedor, precisa estar com o CNPJ também em situação regular.

No caso de aposentados e pensionistas, é preciso apresentar o extrato da previdência social para solicitar um empréstimo, por exemplo. Quanto a servidores públicos e trabalhadores da iniciativa privada, apresentar os três contracheques mais recentes.

A facilidade, no entanto, pode ser prejudicial se a pessoa não souber administrar o dinheiro. Para Wellington Júnior, gerente de produtos do Ceape - organização que nos últimos dois meses investiu mais de R$ 27 milhões em créditos para pessoas físicas e empresários - não saber como usar o dinheiro pode resultar numa situação ainda mais complicada da que estava quando solicitou o crédito.

“Não se pode permitir que o volume do saldo bancário suba à cabeça e a pessoa imagine que terá dinheiro a vida toda. “É o momento em que a gente precisa estimular a educação financeira e fazer isso entre os empreendedores, sejam eles de quaisquer porte”, destacou Wellington Júnior.

A instituição onde Wellington trabalha está presente nas regiões Norte, Nordeste e Sudeste do país - mais precisamente nos estados do Pará, Maranhão, Tocantins e São Paulo - e oferece pelo menos seis tipos de linha de crédito. Para projetos de reforma e construção, o Ceape financia projeto cujo valor possa chegar até R$ 30 mil.

“É um crédito voltado para pessoas que desejam realizar pequenas reformas na residência ou na atividade empreendedora, tais como pintura, reboco, instalações, compra de materiais de construção e de móveis planejados”, explicou.

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