Críticas

Dino ataca Bolsonaro após discurso do presidente na ONU

Governador do Maranhão afirmou que Bolsonaro responsabilizou governadores, o Poder Judiciário e a imprensa pela crise econômica provocada no Brasil; para o comunista, o presidente foi "desleal"

Ronaldo Rocha/Da Editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
Flávio Dino fez críticas ao discurso do presidente Bolsonaro na ONU
Flávio Dino fez críticas ao discurso do presidente Bolsonaro na ONU (Dino)

SÃO LUÍS - O governador Flávio Dino (PCdoB) atacou o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), após finalizado o discurso da autoridade máxima do país durante a abertura da sessão de debates da 75ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU).

No discurso, Bolsonaro afirmou que a nação é vítima de “uma das mais brutais campanhas de desinformação sobre a Amazônia e o Pantanal”. Foi o que incomodou o governador do estado.

“Bolsonaro começa seu discurso na ONU culpando o Judiciário, os governadores e a imprensa pelas dificuldades econômicas do Brasil. Deslealdade absurda e inédita para um Chefe de Estado”, escreveu, em seu perfil em rede social.

“Chave interpretativa do discurso: Vilões: governadores, imprensa, Judiciário, caboclos e indígenas, ONGs, conspiração internacional etc. Heróis: Bolsonaro e Trump. Discurso impatriótico, não convence e enfraquece ainda mais o Brasil no mundo”, completou o comunista, que trabalha para viabilizar-se na oposição para a disputa presidencial de 2022 contra Bolsonaro.

Discurso

Na abertura da sessão de debates da ONU, Bolsonaro afirmou que há interesses comerciais por trás das notícias sobre queimadas e desmatamentos. Ele disse que os incêndios que atingem as florestas brasileiras são comuns à época do ano e ao trabalho de comunidades locais em áreas já desmatadas.

“A Amazônia brasileira é sabidamente riquíssima. Isso explica o apoio de instituições internacionais a essa campanha escorada em interesses escusos que se unem a associações brasileiras, aproveitadoras e impatrióticas, com o objetivo de prejudicar o governo e o próprio Brasil”, disse.

Bolsonaro também destacou o rigor da legislação ambiental brasileira, mas lembrou a dificuldade em combater atividades ilegais na Amazônia, como incêndios, extração de madeira e biopirataria, devido à sua extensão territorial. Ele ressaltou que, juntamente com o Congresso Nacional, está buscando a regularização fundiária da região, “visando identificar os autores desses crimes”.

“O nosso Pantanal, com área maior que muitos países europeus, assim como a Califórnia, sofre dos mesmos problemas. As grandes queimadas são consequências inevitáveis da alta temperatura local, somada ao acúmulo de massa orgânica em decomposição”, explicou.

O discurso do presidente repercutiu mundialmente, com cobertura de centenas de países sobre a justificativas para os prejuízos no Pantanal.

Bolsonaro começa seu discurso na ONU culpando o Judiciário, os governadores e a imprensa pelas dificuldades econômicas do Brasil. Deslealdade absurdaFlávio Dino, governador do Maranhão

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