São Luís – De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde, o Maranhão ficou na segunda posição quanto ao número de novos casos confirmados da Covid-19, com 7.593 testes positivos para a doença. Esse mapeamento do Ministério é feito por semanas epidemiológicas, e esses dados fazem parte da semana de n° 34 (16 a 22/08). No entanto, de acordo com a última atualização do consórcio dos veículos de imprensa – até o fechamento desta edição –, o Maranhão segue na situação de “queda” em relação aos números de mortes, no levantamento da Secretaria de Estado da Saúde (SES), desta quarta-feira, 26, o estado registrou 13 novas mortes pelo novo coronavírus, mas nenhuma se deu nas últimas 24 horas.
Na quarta-feira (26), o Brasil completou seis meses desde o primeiro registro da doença, que ocorreu em 26 de fevereiro, em São Paulo. E desde o começo da pandemia no país, os números de novos casos da doença estão caindo de forma consolidada, como indica os levantamentos dos veículos de imprensa, a partir de dados disponibilizados pelas secretarias de saúde de cada estado. O Brasil tinha 117.789 mortes por coronavírus confirmadas até as 8h desta quinta-feira (27), e os novos testes positivos apontavam 3.722.421.
Situação no Maranhão
Desde o dia 18 de agosto, o Maranhão não apresentava um pico no número de casos registrados, no boletim do dia 26, 1.755 foram contabilizados. Desses, 105 foram na Ilha de São Luís, em Imperatriz foram 37, e o restante, no interior do estado, com 1.613 notificações. Ao todo, o estado já contabiliza 147.676 casos, e 3.390 óbitos. Em situação ativa, estão 8.433, em isolamento domiciliar 7.967, 283 em internação em enfermaria, e 183 em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).
Recentemente a SES, em parceria com a Universidade Federal do Maranhão (UFMA), disponibilizou para o público, os resultados do inquérito sorológico realizado entre os dias 27 de julho e 8 de agosto de 2020, que estima que 40% da população maranhense já foi infectada pela Covid-19. Uma segunda etapa do inquérito já foi anunciada pelo Secretário da SES, Carlos Lula. “Quanto ao novo inquérito, a previsão é para que seja iniciado no mês de outubro com amostra maior que a primeira. Por meio dos resultados destes dois estudos no Maranhão, neste momento, os pesquisadores não consideram a necessidade de um terceiro inquérito”, afirma a secretaria, em nota.
O vírus e a desigualdade
Um dos dados que mais mostram as desigualdades sociais evidenciadas pelo coronavírus no estado, foi a de cor de pele, 49,1% das pessoas que se autodeclararam como pretas foram vítimas da Covid, pessoas pardas são 41,3%, enquanto pessoas de pele branca foram, apenas 32,2%. Uma análise do Boston Consulting Group (BCG), confirmou essas estatísticas. “O número de mortes de pessoas negras pela Covid-19 é 5,8 vezes maior do que o de pessoas brancas”, diz o levantamento. O BCG observou dados de órgãos governamentais dos Estados Unidos. Entre os hispânicos, o número é 4,2 vezes maior. O principal motivo atribuído para esta disparidade é a alta exposição desses grupos ao vírus e o baixo acesso a testes.
O inquérito também mostra critérios do vírus na taxa de escolaridade e renda. A presença do novo coronavírus se mostrou maior em pessoas que possuem apenas o ensino médio (46,2%) e na segunda posição, estão aqueles que cursaram até o ensino fundamental (40,9%) As pessoas que cursaram o ensino superior, são a minoria na taxa de prevalência da Covid-19 (27,5%). Já em relação a renda mensal, 45% das pessoas que participaram da pesquisa, e tiveram a Covid-19, possuem uma renda de R$ 1 mil a R$ 2 mil; em seguida, 42,9% com uma média de renda de R$ 2 mil a R$ 3 mil; em terceiro lugar, a população que tem uma média de salário de R$ 1 mil (40,8%).Por último, pessoas que recebem até R$ 3 mil, com 27,9% de incidência.
Em nota, a SES informou que o Centro de Operações de Emergência vai discutir sobre as medidas que podem ser tomadas a partir do inquérito sorológico. “A Secretaria relembra que o Governo do Estado realizou diversas ações para pessoas de baixa renda e baixa escolaridade antes do inquérito como, por exemplo, distribuição de cestas básicas, álcool em gel e máscaras para as populações vulneráveis”, ressaltou. Por fim, a secretaria reforçou a necessidade de manutenção das medidas de proteção individual e coletiva como o uso de máscara, higienização das mãos, uso de álcool em gel e distanciamento social.
SAIBA MAIS
Imunidade de Rebanho
Depois que os dados da pesquisa da SES foram publicados, muito se falou sobre a imunidade de rebanho, de acordo com estudiosos, o número ideal para essa imunidade é de 70%, no momento, o Maranhão estima apenas, 40% de pessoas com anticorpos para a SARS-Cov-2, a grande ilha (São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar, e Raposa), é de 38,9%.
O que é?
Imunidade coletiva, popularmente conhecida como “imunidade de rebanho”, é o conceito criado por imunologistas para calcular quantas pessoas numa população precisam estar imunes a um agente infeccioso para que ele não atinja indivíduos vulneráveis. A ideia é simples: quanto mais pessoas vacinadas, menos pessoas doentes, menos vírus circulando.
Números
3.722.421 casos no Brasil
117.789 óbitos no Brasil
147.676 casos Maranhão
3.390 óbitos Maranhão
Saiba Mais
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