Dados

No Maranhão, 830 índios já testaram positivo para Covid-19

Segundo levantamento da SES, com base no boletim divulgado no último domingo, já foram registrados 24 óbitos; o governo realiza ações de prevenções com as comunidades indígenas e quilombolas

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
No Maranhão, 830 índios já testaram positivo para Coronavírus (Foto: Ilustrativa)
No Maranhão, 830 índios já testaram positivo para Coronavírus (Foto: Ilustrativa) (índios)

SÃO LUÍS- No Maranhão, 830 índios já testaram positivo para Coronavírus, sendo confirmado 24 óbitos causados pela doença em indígenas de diferentes etnias. As informações foram obtidas com aSecretaria de Estado da Saúde, com base no boletim do último domingo (9). De acordo com a SES, já foram visitados 13 municípios que possuem territórios indígenas e quilombolas. Nestas ações, 81 aldeias foram assistidas e 3. 257 testes para Covid-19 foram aplicados.

Segundo a coordenação regional da Funai, em informação divulgada em seu site, no Maranhão, habitam aproximadamente 35 mil indígenas, pertencentes a sete grupos étnicos diferentes. Classificam-se em dois troncos linguísticos: Tupi-Guarani e Macrojê. As informações são do Censo 2010, realizado pelo IBGE.

Quilombolas

Além dos povos indígenas, há uma ação voltada para comunidades quilombolas, nas quais já foram realizados 543 atendimentos e testes para detecção de Covid-19, em sete quilombos do Maranhão, no entanto, os dados de infecção por Covid-19 ainda estão sendo qualificados

Segundo a Secretaria de Estados dos Direitos e Participação Popular (Sedihpop), por meio da Secretaria Extraordinária de Igualdade Social (SEIR), a priori, a responsabilidade de atendimentos – prevenção, promoção e recuperação - nos casos de Covid-19 em comunidades quilombolas é dos municípios e das comunidades indígenas fica sob responsabilidade da atenção básica (municipais) e dos profissionais do Distritos Sanitários de Saúde Indígena (DSEI). No entanto, há um fluxo de atendimento pactuado entre a Secretaria de Estado da Saúde (SES) e as secretarias municipais de saúde para que, casos mais graves, sejam encaminhados para a rede estadual de hospitais de referência da região a que o município pertence. Para além, a Força Estadual de Saúde (FESMA) também contribui para operacionalizar as atividades, visando suprir as necessidades locais, especialmente nos territórios de maior vulnerabilidade.

Prevenção
Em relações a medidas de prevenção a essas comunidades tradicionais, a SEIR destaca que os casos de Covid-19 têm sido monitorados pelos gestores municipais de igualdade racial, que informam à Secretaria, os casos confirmados e a ação dos municípios sobre eles.

Para auxiliar na prevenção da doença em comunidades de matriz africana, a Secretaria Extraordinária de Igualdade Racial em parceria com o Unicef, já distribuiu 6.000 kits de material de higiene e limpeza para casas de matriz africana de São Luís, Raposa, São José de Ribamar e Paço do Lumiar (1.500 kits) e comunidades quilombolas do Maranhão (4.500 kits) para fortalecer o combate ao Coronavírus. A SEIR, em parceria com um grupo de voluntários da Vale, distribuiu ainda 296 cestas básicas com alimentos beneficiando famílias em estado de vulnerabilidade em São Luís (quilombo urbano da Liberdade), Rosário, Santa Rita, Igarapé do Meio e Monção.

De acordo com informações da Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular, entre as medidas direcionadas ao acolhimento dos indígenas, o atendimento de profissionais médicos e/ou enfermeiros da FESMA, que orientam quanto à prevenção e controle da Covid-19, com ênfase nas medidas de isolamento para os casos positivos e seus contatos, e medidas de distanciamento social para todos, considerando as questões culturais, e especificidades dos hábitos, costumes e tradições dos povos, além da dispensa de medicamentos e orientação quanto ao seu uso, conforme prescrição médica. Foram realizadas ainda a distribuição de máscaras de tecido, parte delas de doação da iniciativa privada, assim como de cestas básicas por entidades parceiras do movimento indígena. Destaca ainda que, as equipes FESMA contribuem com intensa atividade de busca ativa de contatos de casos positivos.

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