Ameaça

Fiocruz alerta para risco de segunda onda de Covid-19 no Maranhão

Estudo produzido pelo instituto constatou sinais de crescimento de casos da doença no estado, além de Amapá e Rio de Janeiro; sobretudo nas capitais

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
Aglomeração na Rua Grande favorece contaminação pelo coronavírus
Aglomeração na Rua Grande favorece contaminação pelo coronavírus (aglomeração rua grande)

Produzido pela Fiocruz, o Boletim InfoGripe traz a partir desta semana as estimativas de casos recentes para todas as capitais, além de dados por regiões e estados. A análise, referente à Semana Epidemiológica 30 (de 19 a 25 de julho), indica estabilização no número de novos casos semanais de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no país, após a retomada do crescimento observado em junho. No entanto, Amapá, Rio de Janeiro e Maranhão mantiveram o sinal de crescimento, sendo observada maior intensidade nos dois primeiros. Esses três estados também mostram sinais de retomada de crescimento, também chamada de segunda onda, em suas capitais - Macapá, Rio de Janeiro e São Luís.

Os valores semanais, no entanto, ainda encontram-se muito acima do nível de casos considerado muito alto. O estudo tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-gripe) até 28 de julho.

É importante ressaltar que os dados de SRAG estão associados à Covid-19. Entre as ocorrências com resultado positivo para os vírus respiratórios, 96,7% dos casos e 99,1% dos óbitos ocorreram por novo coronavirus. Segundo o Boletim, dos estados com tendência de retomada do crescimento no número de novos casos semanais após período de queda, com possível “segunda onda”, Amapá, Rio de Janeiro e Maranhão mantiveram o sinal de crescimento, sendo observada maior intensidade nos dois primeiros. Esses três estados também mostram sinais de retomada de crescimento em suas capitais - Macapá, Rio de Janeiro e São Luís.

“Já Fortaleza apresenta sinal de estabilização, com sinal fraco de possível retomada do crescimento. Por outro lado, o sinal de possível início de queda em Rondônia e em sua capital, Porto Velho, não se confirmou, sendo mantido sinal de crescimento lento. Como sinalizado nos boletins anteriores, a situação nas regiões e estados do país é bastante heterogênea. Portanto, o dado nacional não é um bom indicador para definição de ações locais”, informou o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

Marcelo Gomes alerta que, em nível nacional, o cenário atual sugere que os casos notificados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), independentemente de presença de febre, mostram tendência de crescimento, com ocorrência de casos semanais muito alta. Foram reportados 316.984 casos este ano, sendo 161.927 (51,1%) com resultado positivo para algum vírus respiratório, 91.163 (28,8%) negativos e cerca de 42.179 (13,3%) aguardando resultado laboratorial. Levando em conta a oportunidade de digitação, estima-se que já ocorreram 356.149 casos de SRAG, podendo variar entre 342.547 e 375.218 até o término da semana 30. Entre os positivos, 0,7% foram de influenza A, 0,3% influenza B, 0,6% vírus sincicial respiratório (VSR) e 96,9% Sars-CoV-2 (Covid-19).

UFs com tendência alterada
O sinal de possível início de queda em Rondônia não se confirmou. Na presente atualização se observa manutenção da tendência de crescimento lento. O Paraná, com sinal de estabilização após período de crescimento, apresenta sinal fraco, sendo recomendada reavaliação no próximo boletim para confirmação. Amazonas, Roraima e Pará mostram estabilização após período de queda. Apresentam tendência de queda, após período de estabilização, Paraíba, Minas Gerais e Distrito Federal. “Em Minas Gerais e Distrito Federal, o sinal ainda é fraco, sendo recomendada reavaliação no próximo boletim para confirmação”, observou Marcelo Gomes.

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