Música

Angela Ro Ro encerra temporada do Camarim em Cena

Única convidada do universo da música na série, a cantora carioca conversa com o jornalista Jotabê Medeiros sobre os bastidores de sua trajetória até chegar aos palcos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
Angela Ro Ro participa de série
Angela Ro Ro participa de série (ANGELA roro)

SÃO PAULO - O Itaú Cultural encerra a terceira temporada da versão online de Camarim em Cena neste sábado (25), a partir das 14h, em www.itaucultural.org.br. Este é o o quarto episódio deste bloco, com a cantora Angela Ro Ro. Reunindo entrevistas gravadas entre 2016 e 2019, presencialmente na sede do Itaú Cultural, com personalidades do teatro, da dança, do circo e da música. Antes da cantora, a série exibiu ao longo de julho os encontros realizados com o ator Renato Borghi, o coreógrafo japonês Tadashi Endo e o professor e diretor Antonio Januzelli, o Janô, que falaram sobre o ofício dos atuadores, em diálogo aberto sobre suas formações e processos criativos.

Única convidada do universo musical a participar do Camarim em Cena, Angela Ro Ro começa a conversa mediada pelo jornalista e crítico de música Jotabê Medeiros contando, com suas peculiares irreverência e descontração, sobre os momentos antes de subir ao palco. “Não levo ninguém e nem equipe para o camarim. Eu só levo um leque, um lenço e água”, revela ela. “Para não assustar ninguém esteticamente, eu prefiro tirar a roupa sempre sozinha. Tenho muito pudor, apesar da fama”, diverte-se.

Apresentada por Medeiros como uma das artistas que busca os limites da consciência do seu público, quebrando padrões de comportamento e do que seria conceitualmente romântico e aceitável, Angela revela que a sua postura irreverente e a voz rouca acabaram dando origem, quando ainda era criança, ao codinome pelo qual é conhecida. “Eu brincava só com os meninos. Mas como eu jogava algumas coisas melhor do que a maioria deles, um dia teve um campeonato de boliche na rua e disseram: ‘menina não entra’. Comecei a chorar e a dizer ‘tá bom... rô, rô, rô’, uma risada para engolir o choro. Saí com ‘rororô’, e eles atrás de mim.”

Na conversa, a convidada recorda, ainda, que fazia aulas de inglês, francês, acordeom e piano, mesmo não sendo de uma família de posses, o que a ajudou a se sustentar quando, ainda na juventude, morou de 1971 a 1974 em Londres. “Ali me virei em tudo, até em cantar e tocar piano”, recorda.

De sua trajetória, a cantora lembra a volta ao Brasil depois deste período vivido em Londres. Foi quando começou a frequentar a boate 706, no Rio de Janeiro, entrando em contato com artistas que viriam a ser grandes nomes da música brasileira, e que trabalhavam como crooners no lugar. “Ali cantavam, simplesmente, Djavan, Áurea Martins e Emílio Santiago. A plateia era formada por atores, atrizes, gente muito famosa, empresários. Um dia o Emílio Santiago me mandou tocar piano e eu abri o vozeirão. Foi tão bom! A plateia gostou, e ele e eu cantamos juntos Stella By Starlight. Foi uma das coisas mais sensacionais”, recorda a artista, que apesar de ter estreado nos palcos em 1970, no Teatro Vereda, em São Paulo, teve seu disco de estreia, Angela Ro Ro, lançado anos mais tarde, em 1979.

Depois de irem ao ar, todos os episódios do Camarim em Cena permanecem disponíveis no canal do Itaú Cultural no Youtube (www.youtube.com/itaucultural), onde já se encontram a primeira e segunda temporadas do programa.

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