Educação

Representantes do Pecim fazem visita técnica na UI Duque de Caxias

Escola municipal é a única do Maranhão a fazer parte do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares, iniciativa do Ministério da Educação, em parceria com o Ministério da Defesa

Ismael Araújo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
Coronel Pontes esteve na UI Duque de Caxias para acompanhar reforma
Coronel Pontes esteve na UI Duque de Caxias para acompanhar reforma (Duque de Caxias)

São Luís - O capitão de Mar e Guerra da Marinha, Valterian Mendonça; e o coordenador regional do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim), coronel da Aeronáutica Júlio Pontes, realizaram ontem uma visita técnica na sede da Unidade Integrada (UI) Duque de Caxias, localizada no bairro João Paulo. A instituição de ensino, que possui mais de 400 alunos, foi um dos 54 colégios selecionados em todo o país para participar do Pecim. Este é um programa da iniciativa do Ministério da Educação (MEC), em parceria com o Ministério da Defesa, e tem como proposta implantar 216 “Escolas Cívico-Militares”, no Brasil, até o ano de 2023.

Os visitantes foram recepcionados pelo secretário municipal de Educação, Moacir Feitosa; e pela diretora da escola, Maria Bárbara Barros. A unidade de ensino está em reforma que, de acordo com Moacir Feitosa, vai se estender até o mês de agosto, mas, as atividades escolares devem retornar ainda na primeira quinzena de setembro deste ano.

Ele também informou que está sendo elaborado um protocolo com as medidas sanitárias para serem seguidas na escola, com o objetivo de evitar a proliferação do novo coronavírus. “As aulas presenciais vão ser retomadas, mas com total segurança para os alunos e os servidores da escola”, frisou Moacir Feitosa.

Valterian Mendonça, gestor escolar do Pecim, informou que o programa apresenta um conceito de gestão educacional, didático-pedagógica e administrativa, com a participação diretamente do corpo de professores da escola e com o apoio dos militares da Marinha, Exército e Aeronáutica. A proposta é implantar 216 Escolas Cívico-Militares em todo o país até 2023,ou seja, 54 por ano. “O Pecim tem como um dos objetivos melhorar o processo de ensino-aprendizagem nas escolas públicas e reduzir a evasão escolar e a repetência”, afirmou o capitão de Mar e Guerra da Marinha.

Escolas Cívico-Militares
O coronel Júlio Pontes informou que 54 escolas de todo o país foram beneficiadas pelo projeto, sendo 40 da rede estadual e 14 do município. As instituições agraciadas foram anunciadas ainda no mês de fevereiro deste ano pelo MEC. A adesão ao programa aconteceu de forma voluntária e foi anunciado no dia 5 de setembro do ano passado.

O Governo Federal abriu o prazo para as unidades da Federação manifestarem interesse. Um total de 15 estados e o Distrito Federal o fizeram. Logo após, foi a vez dos municípios, e mais de 600 cidades pediram para participar do projeto.

O coronel também declarou que na região Nordeste, sete escolas foram beneficiadas. No Maranhão, apenas, a UI Duque de Caxias, em São Luís, foi agraciada neste primeiro momento. Na Bahia, foi a Escola Municipal Quinze de Novembro, em Feira de Santana; no Ceará, foram EEFM Ministro Jarbas Passarinho, em Sobral; e EEFM Tenente Mário Lima, na cidade de Maracanaú. Na Paraíba, a Caixa Escolar Chico Xavier, em João Pessoa; e no estado pernambucano foi a Escola Municipal Natividade Saldanha, em Jaboatão dos Guararapes.

Militares na escola
Júlio Pontes informou que os militares vão proporcionar o apoio à gestão escolar e à gestão educacional, enquanto os professores e os demais profissionais da educação vão continuar responsáveis pelo trabalho didático-pedagógico nas escolas.

Os militares da reserva, que pretendem participar do projeto, podem se inscrever na sua corporal de origem e passarem por um processo seletivo, em seguida, serão chamados pelo Ministério da Defesa. O tempo de serviço desses militares é de dois anos, mas, prorrogável por até 10 anos. Os profissionais vão receber 30% da remuneração que recebiam antes de se aposentar.

Ainda segundo o coronel, para a Unidade Integrada Duque de Caxias está previsto um grupo de nove militares neste primeiro momento, composto por oficiais e praças. Os militares, que pretendem participar do seletivo, podem se inscrever até o próximo dia 31, e em setembro estarão aptos para ao trabalho na escola “O programa visa melhorar o índice da educação, principalmente, a básica”, ressaltou Júlio Pontes.

Ganhos
A diretora da Unidade Integrada Duque de Caxias, Maria Bárbara Barros, disse que os 453 alunos só têm a ganhar com o Pecim. A escola vinha lutando desde o início do segundo semestre do ano passado para ser agraciada pelo projeto.

Ainda segundo a diretora, primeiramente, ocorreu uma assembleia com os professores, alunos e a comunidade, em que foram informados sobre a participação da UI Duque de Caxias no processo seletivo do Pecim, também comunicado a Secretaria Municipal de Educação (Semed).

Ela informou que ainda no ano passado foi comunicada sobre a aprovação da escola e um grupo de professores participou, em Brasília, de uma capacitação para atuar em sala de aula, de acordo com a metodologia de ensino cívico-militar. “Os educadores participaram de palestras e oficinas sobre o projeto político-pedagógico das escolas, as normas de conduta, avaliação e supervisão escolar, além da apresentação das regras de funcionamento das escolas e as atribuições de cada profissional”, explicou a diretora.

SAIBA MAIS

Duque de Caxias

A escola Unidade Integrada Duque de Caxias foi fundada em 25 de agosto de 1958 e tem este nome em homenagem a Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, um dos mais importantes militares e estadistas da História do Brasil.

Inicialmente a Unidade Integrada Duque de Caxias era uma escola pequena, funcionava como grupo escolar e oferecia o Ensino Fundamental de 1ª a 4ª série pela manhã e tarde.

No ano de 1984, passou a ser uma Unidade Escolar, funcionando nos três turnos, oferecendo ensino fundamental de 1ª a 4ª série. No mês de julho de 2003, de acordo com o Decreto Lei n° 19.669 de 25 de junho de 2003 foi autorizada a torna-se uma Unidade Integrada com a modalidade de 1ª a 4ª série e 5ª a 8ª séries.

No ano de 2008, a escola foi reconhecida pelo Conselho Estadual de Educação de acordo com a resolução n° 109/2008 – CEE para atender o Ensino Fundamental de 1ª a 8ª série e o EJA. Por volta dos anos 80, já existia a modalidade de Educação Especial com salas especiais para pessoas com deficiência mental, pela tarde e pessoas com deficiência auditiva pela manhã. A Educação Inclusiva ocorreu em 2004 quando foram incluídos alunos com surdez em salas regulares de 5ª a 8ª série.

A escola passou por algumas reformas e conta com 12 salas de aulas, banheiros adaptados, secretaria, sala de direção, sala de meio (biblioteca/vídeo), sala de informática, sala de recursos multifuncionais, cantina/cozinha, refeitórios/auditório e sala de professores. No momento, ela passou a ser uma das 54 Escolas Cívico-Militares.

Escolas Cívico-Militares

O que: Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim)

Iniciativa: do Ministério da Educação (MEC) em parceria com o Ministério da Defesa

Conceito: o programa apresenta um conceito de gestão educacional, didático-pedagógica e administrativa e tendo a participação diretamente do corpo dos professores da escola e com o apoio dos militares da Marinha, Exército e Aeronáutica.

Número de escolas: 54 escolas foram beneficiadas e no Maranhão apenas a Unidade Integrada Duque de Caxias, localizada no bairro do João Paulo.

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