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Setor de serviços teve recuo de 5,8% no MA, em abril, aponta IBGE

Nos últimos seis meses, o melhor resultado do estado foi em janeiro, com taxa estabilizada de 0,0%; em relação ao mesmo mês de 2019, queda foi de 14%

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
Segmento da beleza registrou queda expressiva no estado em abril
Segmento da beleza registrou queda expressiva no estado em abril (segmento da beleza)

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, na manhã de hoje (17), a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), referente ao mês de abril. Trata-se de um panorama conjuntural do setor de serviços da economia brasileira. Fazem parte do painel amostral da pesquisa empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, que desempenham como principal atividade um serviço não-financeiro, excluído o setor O (administração pública, defesa e seguridade social) da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE).

Brasil: serviços têm queda de 11,7%

Para Brasil, no mês de abril de 2020, em comparação com o mês de março de 2020, com ajuste sazonal, o índice de volume de serviços recuou 11,7%, a mais intensa queda desde o início da série em janeiro de 2011. No mês anterior, já havia sido detectada uma queda de 7,0% nessa base de comparação. É o terceiro mês consecutivo de queda, pois, em fevereiro, o volume de serviços também recuou: -1,0%.

Comparando os dados do mês de abril/2020 aos do mesmo mês do ano anterior, abril/2019, houve, no Brasil, retração do índice de volume na ordem de 17,2%. No acumulado do ano, quando se compara o quadrimestre encerrado em abril de 2020 com o mesmo quadrimestre encerrado em abril de 2019, observou-se recuo de 4,5%. No acumulado de 12 meses, findo em abril de 2020 (maio de 2019 a abril de 2020 cotejado com maio de 2018 a abril de 2019), o índice do volume de serviços retraiu 0,6%.

Maranhão: recuo de 5,8%

No Maranhão, em abril/2020, na comparação com março/2020, com ajuste sazonal, o índice de volume de serviços teve recuo de -5,8%. Esse comportamento negativo só não foi maior do que as ocorrências de março/2019 (-8,8%) e fevereiro/2017 (-5,9%), na série histórica iniciada em fevereiro de 2011. É o terceiro mês consecutivo de queda desse indicador de base temporal.

Das 27 Unidades da Federação (UFs) pesquisadas, apenas uma não apresentou recuo no mês: MT, +9,0%. Esclarece-se que esse comportamento, dentre outras causas, se deveu ao fato de o comportamento de abril ter sido cotejado com uma base temporal deprimida sobremaneira, pois em março/2020, nessa UF, o recuo foi de 12,6%. As UF’s com maiores retrações foram: AL, -26,5%, e CE, - 21,8%.

O Maranhão, nesse tipo de índice de base temporal, mês/mês imediatamente anterior, desde novembro/2019, nunca mais apresentou um número positivo. Nesses últimos seis meses, a melhor performance foi em janeiro, com taxa estabilizada de 0,0%.

Na comparação mês/mês igual ao ano anterior, abri.2020/abr.2019, no Maranhão, foi detectada uma queda de 14,0%, revertendo, e muito, uma alta detectada em março de 2020/março de 2019, na casa de 3,8%. Esse comportamento de março de 2020 está relacionado ao fato de março de 2019 ter sido mês de forte queda no setor de serviços, tanto na comparação com o mês imediatamente anterior (fev.2019; -8,8%) quanto na comparação com mesmo mês do ano anterior (mar.2018; -4,0%). Na série histórica iniciada em janeiro/2012, o desempenho de abril/2020 foi o penúltimo pior, sendo superado pela ocorrência de fevereiro/2017, - 16,1%. As UFs que apresentaram maiores quedas foram AL, -32,3%, e RN, -29,9%. Exceção à retração nessa base de comparação foi RO, em que foi detectado aumento de 3,1%.

Observando os dados da PMS no acumulado do ano, isto é, jan.-abr./20 em relação a jan.-abr./19, o Maranhão teve uma taxa negativa de 3,7%, índice menor que a média Brasil, com taxa de -4,5%. Das 27 UFs, 11 apresentaram uma taxa menor que a média Brasil, sendo que duas delas conseguiram ainda alcançar um avanço nessa base de comparação temporal: AM, +0,8%, e RO, 2,7%. BA e PI apresentaram as piores performances: -12,3% e -12,0%, respectivamente.

Na base temporal de comparação que leva em consideração os últimos 12 meses (maio de 2019 a abril de 2020 cotejado com maio de 2018 a abril de 2019), o Maranhão apresentou um volume de serviços maior, + 1,0%, que a média Brasil, -0,6%. Comparando Maranhão e Brasil, na base temporal mês/mês igual ao ano anterior, os dados para o primeiro têm sido mais positivos que para o segundo espaço territorial citado.

As UFs com melhores performances nessa base comparativa foram TO, +4,1%, AM, +3,2%, e MS, +2,8% e os desempenhos mais negativos foram AL e PI, ambos com taxa de -7,7%. No acumulado dos últimos 12 meses, o Maranhão teve a quarta melhor performance dentre todas as 27 UFs.

Vale observar que quando expostos os desempenhos mais fracos, vistos por qualquer temporalidade comparativa (mês/mês imediatamente anterior, mês/mesmo mês do ano anterior etc.), de um modo geral, os estados da região Nordeste aparecem, sinal de que a fragilidade econômica brasileira momentânea tende a atingir com maior impacto regiões de base econômica menos dinâmica, do ponto de vista estrutural.

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