Violência

Maranhão tem alta de mais de 10% nos assassinatos durante período de pandemia

Dados do Monitor da Violência revelam que em abril deste ano ocorreram 128 mortes violentas, enquanto no mesmo mês de 2019 o registro foi de 115 casos

Ismael Araújo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
Pelo menos oito pessoas foram mortas com requintes de crueldades durante o mês de abril no Maranhão
Pelo menos oito pessoas foram mortas com requintes de crueldades durante o mês de abril no Maranhão (ARMA ASSASSINATO )

SÃO LUÍS - O Maranhão apresentou um aumento de mais de 10% na quantidade de mortes violentas (homicídio doloso, latrocínio e lesão corporal seguido de morte) em abril deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado, de acordo com o Monitor da Violência. Estes dados foram divulgados ontem no site G1. O crescimento de assassinatos ocorreu no estado mesmo durante o período de pandemia da Covid-19, novo coronavírus, em que a palavra de ordem é isolamento social.

O Monitor da Violência foi criado pelo G1, em parceria com a Universidade de São Paulo e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, para acompanhar os crimes violentos mês a mês no país. No estado maranhense, 128 pessoas foram mortas durante o mês de abril deste ano, enquanto em abril de 2019 ocorreram 115 casos. Somente homicídios dolosos ocorridos em abril deste ano foram 123, latrocínio, três; e lesão corporal seguido de morte, com duas ocorrências desse tipo de crime.

Os dados do Monitor da Violência ainda revelam que o estado registrou um aumento de 20,6% de assassinatos no decorrer dos quatro primeiros deste ano em relação ao mesmo período de 2019. De janeiro deste ano até abril, 556 pessoas foram mortas a tiros ou por arma branca, enquanto, nos primeiros quatro meses de 2019, o registro foi de 465 assassinatos no Maranhão.
Em relação ao nível nacional, considerando janeiro deste ano a abril já ocorreram 15.868 assassinatos em todo o país, contra 14.580, no ano passado e apresentando uma diferença de 1.288 casos. Ainda foi constatado um aumento de 8% das mortes ocorridas em abril deste ano em comparação ao mês de abril de 2019, que registrou 3.656.

Crimes bárbaros

Pelo menos oito pessoas foram mortas com requintes de crueldades durante o mês de abril no Maranhão. A polícia informou que na noite do dia 25, no povoado Vila Nova, em Palmeirândia, Adeison de Barros, de 30 anos, revoltado com o fim do relacionamento acabou assassinando a golpes de faca a ex-companheira, Naize Martins Chagas, como ainda os dois filhos, uma de 4 anos e outra, de 2 anos.

Ainda segundo a polícia, as crianças foram degoladas e os corpos foram arrastados. O acusado ateou fogo na residência da vítima e, em seguida, foi morto em confronto com a polícia.

A polícia também registrou outro crime de feminicídio, no dia 17 de abril deste ano, em João Lisboa. Antônio José Alves Araújo, por não aceitar a separação, matou a companheira, Maria Leila Cardoso Dantas, como ainda ateou fogo na residência e acabou morrendo com a inalação da fumaça.

Na cidade de São João dos Patos, uma criança, de 8 anos, foi assassinada a pauladas, no dia 21. A polícia informou que a vítima foi atraída pelo criminoso para brincar em um galpão. O corpo da vítima foi encontrado com vários hematomas, principalmente, na cabeça e o caso é investigado pela Polícia Civil.

Na madrugada do dia 5 de abril, uma idosa, identificada como Joana, foi morta a golpes de faca, de acordo com a polícia, desferidos pelo próprio neto, que é usuário de entorpecente. O crime ocorreu no povoado Guanabara, zona rural de Brejo. Os golpes atingiram os braços e o peito. O acusado ainda jogou telhas em cima dos militares, mas, acabou sendo preso e conduzido para a delegacia dessa cidade.

Prisão

Segundo a polícia, o pescador João Batista Silva Brito, idade não revelada, foi preso durante a noite da última terça-feira, 16, acusado de ter assassinado o próprio irmão, Adeilson Silva Brito, de 42 anos. O crime ocorreu na residência da vítima, em Iguaíba, em Paço do Lumiar, e o detido foi apresentado na sede da Superintendência de Homicídio e Proteção a Pessoas (SHPP), na Avenida Beira-Mar.

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