Retração

Março registra queda de 5,1% das vendas do varejo no Maranhão

Pesquisa do IBGE aponta que retração do setor no estado foi o dobro da média nacional; recuo do mercado varejista local ocorre desde 2019

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
Rua Grande, principal via do comércio varejista de São Luís: vendas registram recuo acentuado
Rua Grande, principal via do comércio varejista de São Luís: vendas registram recuo acentuado (rua grande varejo)

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, hoje (13), a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), referente ao mês de março/2020. A PMC produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento conjuntural do comércio varejista no país. Em relação ao Maranhão, destaca-se que, em março de 2020, na comparação com fevereiro/2020, com ajuste sazonal, o índice de volume de vendas ficou na casa de -5,1%, praticamente o dobro da média Brasil, que foi de -2,5%.

No mês de março de 2020, em comparação com o mês de fevereiro de 2020, com ajuste sazonal, o índice de volume de vendas do comércio varejista no Brasil foi de -2,5%, depois de um leve aumento em fevereiro, na ordem de 0,5%. Dos oito grupos de atividade de comércio varejista tradicional investigados, apenas dois apresentaram crescimento no volume de vendas: hipermercados/supermercados/produtos alimentícios/bebidas/fumo, +14,6%, e artigos farmacêuticos/médicos/ortopédicos/perfumaria/cosméticos, + 1,3%. Os dois grupos de despesas que apresentaram maiores quedas foram: tecidos/vestuário/calçados, -42,2%, e livros/jornais/revistas/papelaria, -36,1%.

Quando se compara os dados do mês de março de 2020 com março de 2019, constatou-se retração no volume de vendas na ordem de 1,2%. No acumulado do ano (jan./20 a mar./20), resiste uma expansão na ordem de 1,6%, fato derivado dos aumentos ocorridos em janeiro e fevereiro de 2020 cotejados com os mesmos meses de 2019: +1,4% e + 4,7%. No acumulado de 12 meses, findo em março de 2020 (abril de 2019 a março de 2020 cotejado com abril de 2018 a março de 2019), o índice de volume de vendas avançou 2,1%.

Maranhão

No mês anterior, fevereiro/2020, esse indicador de mesma base temporal, também apresentou recuo de 0,6% no estado, o que praticamente anulou o ocorrido em janeiro, quando houve aumento de 0,6% no volume de vendas. Dentre as 27 UFs, apenas SP apresentou uma leve elevação no volume de vendas nessa base de comparação temporal: +0,7%. As UFs com maiores taxas de queda foram: AC (-15,7%), AM (-16,5%) e RO (-23,2%).

Em relação ao mesmo mês do ano de 2019, no Maranhão, em março/2020, sem ajuste sazonal, foi detectado recuo no volume de vendas na casa de 4,0%, praticamente revertendo os aumentos observados nos dois primeiros meses do ano nessa base de comparação: em janeiro/2020, comparado com janeiro de 2019, o aumento nas vendas foi de 2,6%, e na comparação fev.2020 com fev.2019, deu-se o mesmo percentual de expansão: 2,6%.

Na base comparativa no ano, isto é, o volume de vendas de janeiro a março de 2020 em relação ao mesmo período de 2019, o Maranhão teve uma elevação de 0,4%, um crescimento menor do que o ocorrido no todo Brasil, +1,6%.

Quanto ao acumulado nos últimos 12 meses (abril de 2019 a março de 2020 cotejado com abril de 2018 a março de 2019), o índice de volume de venda no Maranhão expandiu-se 0,5%, menor que a média de expansão do Brasil, 2,1%. Nota-se, no Maranhão, que o volume de vendas do comércio varejista ao longo do cômputo dos 12 últimos meses acumulados vem, desde o início de 2019, em ritmo de crescimento cada vez menor.

Comércio varejista ampliado

Quando se analisa o comércio varejista ampliado, em que se agregam aos oito tradicionais setores do comércio varejista os setores de material de construção e veículos/motos/partes/peças, no cotejamento março/2020 com mês imediatamente anterior (fevereiro/2020), com ajuste sazonal, o Brasil teve seu volume de vendas deprimido na ordem de 13,7%, mais intensa queda desde o início da série iniciada em fevereiro de 2003. Essa taxa negativa foi maior do que a ocorrida em maio de 2018, -5,4%, quando ocorreu a greve dos caminhoneiros.

Quando se analisa especificamente os dois ramos de comércio que compõem o comércio varejista ampliado, o de veículos/motos/parte/peças e material de construção, o primeiro teve queda no volume de vendas na ordem de 36,4% e o segundo, um recuo de 17,1%. Na comparação com mesmo mês do ano anterior (março/2019), em março/2020, detectou-se decréscimo no volume de vendas na ordem de 6,3%, praticamente anulando os ganhos obtidos em janeiro/2020, +3,5%, e fevereiro/2020, +3,0%. Por isso mesmo, no acumulado do ano de 2020, a taxa foi 0,0% para Brasil. No acumulado nos últimos 12 meses, fechado em março de 2020, o crescimento observado no indicador volume de vendas foi de 3,3%.

No Maranhão, na comparação mês março/2020 com mês imediatamente anterior (fevereiro/2020), a retração no volume de vendas do comércio varejista ampliado foi de 16,3%. Na série com dados para o Maranhão, iniciada em fevereiro de 2004, essa foi a maior queda, inclusive superior ao ocorrido em dezembro de 2014, cuja retração foi na ordem de 7,2%. Nesse indicador de base temporal, todas as UFs apresentaram taxas negativas, sendo que em GO houve menor queda, -6,3%, e em RO, maior queda, -23,8%.

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, no Maranhão, foi detectada retração: -9,8%. Na base de comparação dos três primeiros meses de 2020 com os três primeiros meses de 2019, o decréscimo no volume de vendas foi na casa de 3,6%. No acumulado dos últimos 12 meses (abril de 2019 a março de 2020 comparado com abril de 2018 a março de 2019), o recuo foi de 0,9%.

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