Pandemia

Maranhão já recebeu mais de 2 milhões de EPIs contra Covid-19

Além dos equipamentos, o estado recebeu, do Ministério da Saúde, doses de vacina contra gripe, kits de testes rápidos e cápsulas de cloroquina

Nelson Melo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
Maranhão recebeu mais de 100 mil kits de teste rápidos, além de quase  170 mil testes normais para detecção do coronavírus em pacientes
Maranhão recebeu mais de 100 mil kits de teste rápidos, além de quase 170 mil testes normais para detecção do coronavírus em pacientes (kits teste rápido)

São Luís - O combate ao novo coronavírus está acontecendo por meio de um trabalho conjunto, que envolve as esferas federal, estadual e municipal. As unidades federativas do Brasil estão recebendo recursos do Ministério da Saúde (MS) para ações de prevenção contra a Covid-19, doença que já causou a morte de aproximadamente 12 mil pessoas no território nacional. Para o Maranhão, até o momento, foram enviados 2.165.853 milhões de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), que incluem luvas, máscaras de proteção, aventais e sapatilhas.

O Ministério da Saúde informou, por meio do balanço geral de ações, que, além dos EPIs, o Maranhão também recebeu, para o combate ao novo coronavírus, 169.092 testes para detectar a doença. Com relação às vacinas, foram enviadas 2.012.800 milhões de doses contra a gripe H1N1 (Influenza A). E, ainda, 43.570 mil cápsulas de medicamentos do tipo Tamiflu (antibióticos), de 30mg, 45mg e 75mg. Além de 98.000 cápsulas de cloroquina, cuja eficácia contra a Covid-19 ainda é motivo de polêmica no mundo.

O Maranhão recebeu, também, 117.440 kits de testes rápido, que, na maioria das vezes, utilizam o sangue para procurar por anticorpos produzidos pelo organismo após o contato com o vírus. Esse procedimento consegue detectar a presença de dois tipos de anticorpos: o IgM e o IgG. O primeiro é considerado um marcador para a fase aguda da doença e começa a ser produzido entre cinco e sete dias após a infecção pelo vírus. Já o segundo é um anticorpo mais específico que permanece circulando mesmo após o fim da fase aguda.

Além dos testes rápidos, o Maranhão já recebeu do Ministério da Saúde 51.652 exames “PCR”, utilizado para detectar o novo coronavírus nas pessoas. Por outro lado, não foi enviado nenhum respirador ao estado, diferentemente de outras unidades federativas do Nordeste, como Ceará, Paraíba e Pernambuco, que ganharam, respectivamente, 75, 20 e 50 aparelhos.

Leitos de UTI
O balanço de ações do MS mostra que foram habilitados, no território maranhense, 110 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Outros 128 estão em fase de habilitação. No total, foram R$ 16 mil em recursos. É bom lembrar que um levantamento da Confederação Nacional de Saúde descobriu um colapso na rede privada de UTI em seis estados brasileiros, incluindo o Maranhão. As demais unidades são Pernambuco, Amazonas, Pará, Ceará e Rio de Janeiro.

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), a taxa de ocupação de leitos de UTI, do Sistema Único de Saúde (SUS), na capital maranhense, é de R$ 98,36%. No interior, essa taxa é de 58,95%.

Recursos do MS
Segundo o MS, já foram liberados R$ 11 bilhões em ações contra o novo coronavírus, incluindo repasses diretos de recursos para estruturação dos serviços de saúde e aquisição de EPIs, que estão sendo utilizados por médicos, enfermeiros e outros profissionais da área. A lista de insumos abrange, ainda, testes de diagnóstico, medicamentos, respiradores, contratação de profissionais de saúde e habilitação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva para tratar os pacientes contaminados.

O ministro da Saúde, Nelson Teich, disse que, além dos recursos, o governo federal também liberou R$ 3,3 bilhões oriundas de emendas parlamentares. Foram investidos mais R$ 224 milhões para aquisição e distribuição de 83 milhões de EPIs, como máscaras cirúrgicas e N95, aventais, óculos de proteção, protetores faciais, luvas, sapatilhas e toucas. Os equipamentos, conforme o titular da pasta, são voltados para a proteção dos profissionais de saúde, que estão fazendo linha de frente e ajudando a combater a pandemia nos hospitais do Brasil.

Linha de frente
Com a pandemia do coronavírus, muitos servidores públicos e empregados de empresas privadas saíram de seus ambientes de trabalho para a modalidade home office, que ocorre quando as pessoas trabalham em suas próprias casas ou em espaços alternativos, como cafés e locais de coworking. Outros, porém, receberam férias. De todo modo, a recomendação é apenas uma: fique em casa. Essa orientação, da Organização Mundial de Saúde (OMS) e Ministério da Saúde, reduz a circulação do novo coronavírus, o que diminui o ritmo de novos casos da Covid-19.

No entanto, alguns profissionais, como os da saúde, simplesmente não podem ficar em casa, pois seus trabalhos são considerados essenciais, que são aqueles definidos pela Lei de Greve: tratamento e abastecimento de água, produção e distribuição de energia elétrica, gás e combustíveis; assistência médica e hospitalar; distribuição e comercialização de medicamentos e alimentos; funerários; transporte coletivo; captação e tratamento de esgoto e lixo; telecomunicações; guarda, e uso e controle de substâncias radioativas, equipamentos e materiais nucleares; processamento de dados ligados a serviços essenciais; controle de tráfego aéreo; e compensação bancária.

Percebe-se, portanto, a importância do trabalho dessas pessoas que trabalham na área da saúde, nesse cenário de pandemia, por atuarem na “linha de frente”, com risco grande de serem infectados pela Covid-19, como está acontecendo no Maranhão. De acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde, já são 690 casos confirmados de contaminação entre profissionais de saúde no estado. Desse total, 624 se recuperaram, mas 12 morreram.

SAIBA MAIS

Sobre o coronavírus

O novo agente, denominado SARS-CoV-2, faz parte de uma família de vírus chamada de coronavírus. Eles recebem este nome porque, quando vistos no microscópio eletrônico, têm um aspecto de coroa. Alguns destes vírus infectam as pessoas e outros seres vivos, mas somente animais, e podem causar desde um resfriado comum, que não demanda a ida ao hospital, até quadros graves, como pneumonia e insuficiência respiratória, que pedem auxílio médico imediato.

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, o diagnóstico é feito por meio de um exame específico para detectar material genético do vírus em secreção do nariz e/ou garganta do paciente, colhida por um cotonete ou por aspiração. No Maranhão, a coleta é feita pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen/MA). Apesar das formas de contágio, ainda não há evidências de que alguém possa pegar o coronavírus nos alimentos, durante as refeições.

NÚMEROS

2.165.853 EPIs recebidos pelo Maranhão
169.092 este para detectar coronavírus
117.440 Kits de teste rápidos
51.652 Exames PCR
2.012.800 vacina contra gripe
98.000 cloroquina
43.570 tamiflu

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